APÓS MUITA POLÊMICA
Museu do Índio será preservado
Governo do Rio desistiu de demolir o prédio, mas mantém decisão de retirar famílias indígenas que ocupam o local
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O governo do Rio de Janeiro voltou atrás e decidiu tombar o prédio que abrigava o antigo Museu do Índio, que fica ao lado do estádio do Maracanã. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 28.
Ainda não se sabe, no entanto, qual será o destino das famílias indígenas que moram no local. O governo afirmou que o prédio será “desocupado” para que possa ser reformado. Os índios rejeitam tal decisão.
Em nota, o governo do estado do Rio informou que “ouviu as considerações da sociedade a respeito do prédio histórico, datado de 1862, analisou estudos de dispersão do estádio e concluiu que é possível manter o prédio no local”, ressaltando ainda que “está tomando as devidas providências para que o local seja desocupado dos seus invasores”.
Abrigos temporários
O Museu do Índio está fechado há seis anos e foi ocupado por tribos de diversas etnias que criaram a chamada “Aldeia Maracanã”. O governo havia decidido derrubar o prédio a fim de viabilizar a mobilidade no entorno do estádio, visando a Copa de 2014.
A secretaria estadual de Assistência Social informou que a intenção é criar um conselho de cultura indígena e um centro de referência para os atuais moradores da “Aldeia Maracanã”. Os índios, no entanto, teriam que morar em abrigos temporários até que esses espaços ficassem prontos. A proposta foi rejeitada pelos indígenas.
Em entrevista à BBC Brasil, o defensor público federal Daniel Macedo disse que “os índios não são invasores, como diz o comunicado. Pela posse prolongada [desde 2006], eles adquiriram o usucapião [direito à posse do imóvel] coletivo”.
*Nina
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