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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, janeiro 18, 2013

Mais uma universidade pública e gratuita criada pelo PT: UNIFESP terá campus na Zona Leste de São Paulo



por Paulo Jonas de Lima Piva

Quem disse que não há diferença entre direita e esquerda? Quando Fernando Henrique e o PSDB estiveram no governo federal, nenhuma universidade pública e gratuita foi criada no Brasil, não havia PROUNI e a educação superior foi entregue à farra dos empresários das UNIBOMBAS da vida. Com Lula, Dilma e o PT na presidência o tratamento do ensino universitário está se mostrando bem diferente, como lemos na notícia abaixo, em que o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ministro da educação Aloizio Mercadate (PT) anunciam um outra boa nova para os paulistanos e paulistas.


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MEC: ESTAMOS PRONTOS PARA CONSTRUIR O CAMPUS DA UNIFESP, NA ZONA LESTE

da página Fernando Haddad Prefeito

17 de Janeiro de 2013


O prefeito Fernando Haddad e o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante se reuniram nesta quinta-feira na sede da Prefeitura e trataram de parcerias entre a administração municipal e a União para a área do ensino. No encontro foram discutidos a criação de um campus da Universidade Federal de São Paulo na zona Leste e de uma unidade do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia na zona Noroeste, convênios para a construção de creches e o aumento da carga horária nas escolas municipais.

“Há quatro anos a cidade espera por uma universidade federal na zona Leste”, lembrou Haddad. A administração municipal já identificou e está encaminhando um terreno adequado para a construção da instituição de ensino. “Estamos prontos para começar o campus da universidade federal na Zona Leste e, imediatamente, pelo menos mais um instituto federal aqui em São Paulo”, disse Mercadante. O instituto será instalado em Pirituba e terá como foco cursos técnicos, para capacitação de mão de obra.


As novas instituições de ensino contribuiriam também para a reestruturação urbanística do município, prevista no projeto Arco do Futuro. “Se eu levo uma universidade para a Zona Leste, se eu crio linhas de pesquisas, se eu faço laboratórios e atraio investimentos que geram empregos na zona Leste, eu diminuo a necessidade da mobilidade de uma massa da população”, destacou o ministro.

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