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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 16, 2013


Por Gtnm Rio de Janeiro
Toda solidariedade ao cartunista Carlos Latuff

Em 2009, o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro homenageou o cartunista brasileiro Carlos Latuff, com a Medalha Chico Mendes de Resistência, por suas brilhantes charges que criticam os que violam os direitos humanos, nacional e internacionalmente.
Esse lutador pela paz entre os povos tem sido chamado de antissemita por aqueles que usam o antissemitismo para defender Israel, independente de suas ações contra os palestinos. A organização Simón Wiesenthal, um centro criado para caçar criminosos nazistas da Segunda Guerra, acaba de incluí-lo em uma lista das dez organizações ou pessoas consideradas mais antissemitas do mundo.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Latuff disse: "Não é uma crítica ao conteúdo de minhas charges, é uma tentativa de associar questionamentos quanto à postura do Estado de Israel ao sentimento antijudaico, criminalizando a manifestação e buscando confundir a opinião publica". Diz também que as portas podem se fechar para os que retratam a causa palestina, mas que ele vai continuar fazendo desenhos que “defendam os palestinos, os indígenas no Chile, contra a violência policial no Brasil". "É preciso que seja útil para os manifestantes, e que eles possam usar aquilo como uma ferramenta."

Cartunista Carlos Latuff desenha a si mesmo recebendo medalha do centro Simon Wiesenthal
O ódio da extrema direita judaica, que é contra os que criticam Tel Aviv, alimenta o anunciado conflito armado entre Israel e o Irã. O Centro Simon Wiesenthal considerou o cartunista brasileiro Carlos Latuff o terceiro maior inimigo de Israel no mundo. Os dois primeiros são o líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e Ahmadinejad, o presidente do Irã.
Segundo Silvio Tendler o nome de Latuff está sendo usado por uma organização fanática e radical. Wiesenthal, ele mesmo, sobrevivente da estupidez nazista, era um obstinado – e legítimo – caçador de criminosos de guerra, que haviam cometido todo o tipo de atrocidades contra seu povo.
O GTNM/RJ se alia a todos os que têm se manifestado indignados por este ato de direita que, equiparando sionismo com semitismo, defende Israel a qualquer custo e mistura nazistas com militantes dos direitos humanos.
Pela Vida, Pela Paz
Tortura Nunca Mais!

Rio de Janeiro, janeiro de 2013
Por Gtnm Rio de Janeiro
Toda solidariedade ao cartunista Carlos Latuff

Em 2009, o Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro homenageou o cartunista brasileiro Carlos Latuff, com a Medalha Chico Mendes de Resistência, por suas brilhantes charges que criticam os que violam os direitos humanos, nacional e internacionalmente.
Esse lutador pela paz entre os povos tem sido chamado de antissemita por aqueles que usam o antissemitismo para defender Israel, independente de suas ações contra os palestinos. A organização Simón Wiesenthal, um centro criado para caçar criminosos nazistas da Segunda Guerra, acaba de incluí-lo em uma lista das dez organizações ou pessoas consideradas mais antissemitas do mundo.
Em entrevista à Folha de São Paulo, Latuff disse: "Não é uma crítica ao conteúdo de minhas charges, é uma tentativa de associar questionamentos quanto à postura do Estado de Israel ao sentimento antijudaico, criminalizando a manifestação e buscando confundir a opinião publica". Diz também que as portas podem se fechar para os que retratam a causa palestina, mas que ele vai continuar fazendo desenhos que “defendam os palestinos, os indígenas no Chile, contra a violência policial no Brasil". "É preciso que seja útil para os manifestantes, e que eles possam usar aquilo como uma ferramenta."

Cartunista Carlos Latuff desenha a si mesmo recebendo medalha do centro Simon Wiesenthal
O ódio da extrema direita judaica, que é contra os que criticam Tel Aviv, alimenta o anunciado conflito armado entre Israel e o Irã. O Centro Simon Wiesenthal considerou o cartunista brasileiro Carlos Latuff o terceiro maior inimigo de Israel no mundo. Os dois primeiros são o líder espiritual da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e Ahmadinejad, o presidente do Irã.
Segundo Silvio Tendler o nome de Latuff está sendo usado por uma organização fanática e radical. Wiesenthal, ele mesmo, sobrevivente da estupidez nazista, era um obstinado – e legítimo – caçador de criminosos de guerra, que haviam cometido todo o tipo de atrocidades contra seu povo.
O GTNM/RJ se alia a todos os que têm se manifestado indignados por este ato de direita que, equiparando sionismo com semitismo, defende Israel a qualquer custo e mistura nazistas com militantes dos direitos humanos.
Pela Vida, Pela Paz
Tortura Nunca Mais!

Rio de Janeiro, janeiro de 2013

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