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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, janeiro 17, 2013

Irã pretende enviar foguete com macaco ao espaço

 

O Irã enviará um macaco ao espaço no início de fevereiro, durante o 34º aniversário da Revolução Islâmica, disse o diretor da Organização Espacial Iraniana, Hamid Fazeli, nesta terça-feira (15). 

O macaco será colocado em órbita durante o período do Fajr, de 31 de janeiro a 10 de fevereiro, que marca o triunfo da revolução de 1979, informou o diretor. 

O lançamento, com um foguete Kavoshgar-5, prevê um voo balístico suborbital de 20 minutos a 120km de altitude. 

A cápsula que levará o macaco pesa 285 quilos. 

De acordo com Farzeli, já foram concluídos os testes finais para o lançamento da cápsula com um ser vivo e “os macacos que serão enviados ao espaço estão em quarentena”. 

Ele acrescentou ainda que se trata da primeira etapa para a colocação em órbita de um astronauta iraniano, em um prazo de 5 a 8 anos. 

Em fevereiro, também será colocado em órbita outro satélite de pesquisa, parte de um projeto estudantil batizado “Sharif Sat”, que ficará no espaço até o final do atual ano persa, em 21 de março no calendário cristão. 

Projeto espacial 

Desde 2009, o Irã já enviou três satélites e uma cápsula ao espaço, em fevereiro de 2012, na qual havia um rato, tartarugas e insetos. 

O país também realizou em 2011 uma tentativa de colocar um macaco em órbita, mas o lançamento fracassou. 

O presidente Mahmud Ahmadinejad afirmou diversas vezes que a república islâmica pretendia lançar um voo tripulado antes de 2020. 

A comunidade internacional segue com atenção o desenvolvimento do programa espacial do país, por medo de que as expedições tenham objetivos militares, apesar das negativas de Teerã. 

Os países ocidentais condenaram todos os lançamentos realizados até hoje, devido às suspeitas de que o Irã está tentando desenvolver lançadores balísticos de longo alcance, capazes de transportar cargas convencionais ou nucleares. 

Por essa mesma razão, o Conselho de Segurança da ONU condenou em várias ocasiões o programa balístico iraniano.  



do Blog HANGAR DO VINNA
*cutucandodeleve

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