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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 28, 2013

Leilão da BR-40 mostra, de novo, que é possível conceder rodovia sem pedágio extorsivo

Tijolaço Fernando Brito

Agripipino Maia é SÓCIO de uma das
maiores concessionárias de serviços pedagiados!

Curioso o comportamento do empresariado brasileiro.
O leilão de concessão da BR-40 foi suspenso porque as empresas interessadas achavam baixo demais o valor estabelecido para o pedágio, por trecho de 100 quilômetros: R$ 3,44.
Agora, o leilão foi realizado – aliás, com grande sucesso – do trecho da BR-40, ligando Brasília a Belo Horizonte saiu com um lance de R$ 3,22.
Ou 6,5% mais barato do que o inicialmente previsto.
O que ó comprova que o preço fixado antes era  justo e factível.
Agora compare o preço de rodovias concedidas do período FHC e pelos governos dos estados, principalmente São Paulo.
Os pedágios são até quatro vezes mais caros por quilômetro rodado.
Pergunte a quem passa pela Bandeirantes ou pela Anhanguera.
Se alguém quer saber em que as concessões feitas nos governos Dilma e Lula são diferentes do que foi feito com FHC, basta olhar estes preços.
*amoralnato

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