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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, dezembro 18, 2013


Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro

Postado em 12 de dezembro de 2013
Após ler um artigo na internet sobre uma motocicleta que utilizava água como combustível, o cineasta acreano Delande Holanda ficou pensando se seria realmente possível. A curiosidade o levou a estudar e fazer diversas experiências até conseguir fabricar sua primeira moto que funciona parcialmente à base de água.
“Isso tudo iniciou quando vi um artigo que dizia que seria possível retirar um combustível alternativo à base de água. Comecei a partir daí a fazer um estudo sobre isso. A gente sabe que a água é formada por H2O [ dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio] e sabe também que o hidrogênio queima. Diante disso, achei que seria possível tirar um combustível da água”, conta.

Mas o grande desafio para Holanda foi descobrir como utilizar esse hidrogênio presente na água como combustível. A resposta ele diz ter encontrado relembrando os tempos de escola.

“A gente vê isso em ciências na 5ª série do ensino fundamental. Se você pegar duas chapas de aço, colocar uma pilha, ligar um fio nos pólos negativo e positivo e jogar água entre essas placas, vai conseguir separar o hidrogênio da água”, explica.

A partir desse conceito, ele começou a fazer estudos e montar a sua ‘célula geradora de hidrogênio’, que ele batizou como Nativos HHO. “Eu engano o carburador e ele queima o hidrogênio como se fosse gasolina”, diz.

‘Ameaça de separação’
Durante quase um ano o inventor trabalhou para montar seu protótipo, o que ainda quase lhe custou alguns amigos e o casamento. “Fui tratado como doido, disseram para que eu parasse com isso. E houve até uma ameaça de separação, porque é meio difícil acreditar nisso”, conta.

Porém, ele não desistiu do projeto. Sem formação em engenharia ou mecânica, ele contou com a ajuda de um amigo mecânico para desenvolver os experimentos e o primeiro protótipo ficou pronto no mês de novembro.

De acordo com o inventor, depois que adaptou a moto ele conseguiu uma economia de 40% no uso de combustível. “Se antes eu rodava 35 km com 1 litro de gasolina, hoje rodo 60 km”, diz.

Combustível sustentável
O cineasta diz que agora pretende aprimorar os experimentos para conseguir adaptar sua moto para que ela funcione totalmente a partir da queima do hidrogênio. Ele ainda quer fazer testes em veículos maiores como carros.

E para quem pensa que Holanda resolveu investir na ideia com objetivo de ficar rico, ele explica que não é bem assim.

“Não fiz isso com interesse comercial. Existem muitas pessoas querendo, mas estou evitando porque não existe estudo finalizado para isso. Quero que vejam como  uma coisa boa para o meio ambiente, levando em conta que se hoje tiro 40% do consumo da gasolina, tiro 40% da poluição que esse combustível iria emitir e não precisa ser ‘Expert’ para saber que é um combustível limpo”, afirma.

Ele diz que com o invento quer estimular uma discussão sobre a utilização de combustíveis menos agressivos ao ecossistema. “Quero mostrar para a sociedade que existe sim um combustível limpo que pode ser estudado e inserido no mercado como combustível alternativo à base de água. Já que água é o que mais temos na Amazônia”, enfatiza.


Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro


Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro
 
Acreano cria moto que usa combustível à base de água e faz 60 km por litro*Nina

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