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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, novembro 02, 2014

Fracassa em Curitiba protesto pelo impeachment de Dilma; assista

01 NOV 2014 - 19:10 50 Comentários
protesto_curitiba.jpgFaltou quórum ao protesto que pedia o impeachment da presidenta reeleita Dilma Rousseff (PT), neste sábado (1º), em Curitiba. Cerca de 300 pessoas participaram de uma passeata no centro da capital paranaense gritando palavras de ordem contra o PT.
No percurso entre a Praça Santos Andrade e a tradicional Boca Maldita, manifestantes batiam boca com trabalhadores de lojas e transeuntes que revidavam em apoio à presidenta Dilma.
Blog do Esmael registrou a concentração do protesto e a marcha confinada em apenas uma pista da Avenida Marechal Deodoro, uma espécie da Avenida Paulista curitibana.
Assista ao vídeo:
A manifestação desta tarde, em Curitiba, foi organizada pela ONG norte-americanaOng Brazil No Corrup. O objetivo era um só: derrubar a presidenta Dilma.
O cortejo pró-Aécio Neves (PSDB) parecia antecipação das comemorações de 2 de novembro, Dia de Finados. O feriado em homenagem aos mortos caiu este ano no domingo, data propícia para a Missa do 7º Dia, haja vista que o tucano foi derrotado justamente há uma semana.
Em um caminhão de som, pago sabe-se lá por quem, puxavam-se palavras de ordem como “fora PT”, “fraude”, “intervenção militar” e “ordem e progresso”. A única música executada era o Hino Nacional Brasileiro, repetindo o script de manifestações fascistas.

tem c.i.a. AE

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