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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Pastor dos EUA planeja realizar "julgamento" contra o Corão


*Sara Pailin incentivando o preconceito e a violência.
E tá cheio de gente aqui no Brasil que considera os EUA um modelo de civilização


Opera Mundi

O pastor cristão de uma pequena igreja da Flórida (EUA), Terry Jones, que queria queimar cópias do Corão no ano passado, agora planeja realizar um "julgamento" contra o livro sagrado do Islã. 

Jones, pastor da igreja evangélica Dove World Outreach, em Gainsville, no norte do estado, fixou o dia 20 de março como a data do "Dia do julgamento internacional do Corão", às 20h (de Brasília), informou nesta terça-feira (11/01) a imprensa local. 


O religioso divulgou seus planos em um vídeo que publicou no YouTube e no qual informa que "o Corão será julgado" e haverá advogados e testemunhas. 


Veja o vídeo: 




"O Corão é o acusado. Nós estamos acusando o Corão de assassinato, violação e de ser responsável por atividades terroristas ao redor do mundo. Estamos acusando o Corão destes atos violentos", disse Jones no vídeo. 


Incenticou os que defendem o Corão a ligarem e indicarem "quem será o advogado de defesa. Desafiamos que o façam. Não falemos, queremos ver ação e que nos demonstrem. Venham nos demonstrar nesse dia, 20 de março, o dia que o Corão será julgado". 


"Nós teremos um juiz, vamos chamar testemunhas e vocês podem chamar testemunhas", precisou. 


"Desafiamos vocês. Da última vez vocês, os islamitas, demonstraram ter uma boca muito grande. Falaram muito e seguiram falando para dizer o quão pacífico era o Corão. Bom, venham e demonstrem", acrescentou. 


Se o livro sagrado do Islã, detalhou, for considerado culpado poderá ter quatro castigos: "ser queimado, se essa for a vontade das pessoas, afogado, picado ou fuzilado". 


Em setembro de 2010, Jones chamou a atenção da comunidade internacional após anunciar que queimaria cópias do Corão, mas voltou atrás em seus planos depois que governantes do mundo advertiram que sua ação poderia incitar a violência. 


O pastor previa queimar exemplares do livro sagrado do Islã no nono aniversário dos atentados de 11 de setembro. 


A iniciativa de Jones suscitou a ira do mundo islâmico e a condenação do governo americano, do Vaticano e da União Europeia, entre outros
*cappacete 


Trogloditas não perdem o instinto assassino

Ou se trata seriamente a incitação ou haverá mais assassinatos
por WikiLeaks [*]
Wikileaks apresentou hoje sentimentos de simpatia e condolências às vítimas do tiroteio de Tucson, bem como os melhores desejos quanto à recuperação da deputada Gabrielle Giffords. Giffords, democrata do 8º distrito do Arizona, foi o alvo de uma orgia de tiros num evento político de 8 de Janeiro no qual seis outras pessoas foram assassinadas.
Clarence Dupnik, sheriff de Tucson que dirige a investigação dos tiros sobre Gifford, afirmou que a "retórica vitriólica" destinada a "inflamar o público numa base diária ... tem impacto sobre as pessoas, a principiar especialmente por aquelas que têm personalidades desequilibradas". Dupnik também observou que responsáveis e personalidades dos media empenhadas em retórica violenta "têm de considerar que têm alguma responsabilidade quando ocorrem incidentes como este e com os que possam ocorrer no futuro".
. A equipe e os colaboradores do WikiLeaks também tem sido alvo de retórica violenta sem precedentes por parte de personalidades eminentes dos media dos EUA, incluindo Sarah Palin, a qual instou a administração estado-unidense a "perseguir e capturar o chefe do WikiLeaks tal como o Taliban". O conhecido político dos EUA Mike Huckabee, no fim de Novembro, apelou à execução do porta-voz do WikiLeaks, Julian Assange, no seu programa da Fox News; e um comentarista da Fox News, Bob Beckel, referindo-se a Assange, apelou publicamente a "disparar ilegalmente sobre o filho da puta". Rush Limbaugh, personalidade da rádio dos EUA, pressionou Roger Ailes , presidente da Fox News, a "Dar a ordem e [então] já não há Assange, garanto-lhes, e não haverá impressões digitais sobre isto", ao passo que o colunista Jeffery T. Kuhner, do Washington Times, intitulou a sua coluna como "Assassinato de Assange" acompanhada por uma foto de Julian Assange com um local de tiro assinalado, a pingar sangue e a legenda "PROCURADO MORTO OU VIVO" com a palavra "vivo" riscada.
John Hawkins de Townhall.com declarou: "Se Julian Assange leva um tiro na cabeça amanhã ou se o seu carro explodir quando ele virar a chave, que mensagem pensa você que enviaria acerca da divulgação de dados americanos sensíveis?".
Christina Whiton, num artigo de opinião da Fox News, apelou à violência contra os editores do WikiLeaks, dizendo que os EUA deveriam "designar o WikiLeaks e os seus responsáveis como combatentes inimigos, abrindo o caminho para acções não judiciais contra eles".
Julian Assange, porta-voz do WikiLeaks, declarou: "Nenhuma organização em qualquer parte do mundo é um advogado mais dedicado do livre discurso do que WikLekas mas quando políticos seniors e comentaristas dos media à procura de atenção apelam à morte de indivíduos ou grupos específicos eles deveriam ser acusados de incitação – ao assassínio. Aqueles que apelam a um acto de assassínio merecem parte tão significativa da culpa quanto aqueles que empunham uma arma e puxam o gatilho".
"WikiLeaks tem uma equipe muito jovem, voluntários e apoiantes na mesma vizinhança geográfica daqueles que difundem ou circulam estas incitações à morte. Também temos visto pessoas mentalmente instáveis viajarem dos EUA e outros países para outros locais. Consequentemente temos de nos empenhar em medidas de segurança extremas".
"Apelamos às autoridades dos EUA e outras a protegerem a regra da lei processando agressivamente estas e semelhantes incitações a matar. Um país civil com leis não pode ter membros eminentes da sociedade a apelarem constantemente ao assassínio e à morte de outros indivíduos ou grupos".
10/Janeiro/2011

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