Gravações indicam
Caixa 2 no DEMO/RN
O Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail:
Olá Paulo Henrique Amorim,
Jose Jorge te recomendou o artigo ‘Viomundo – O que você não vê na mídia – Daniel Dantas (o bom) Lemos: Gravações indicam caixa 2 do DEM no RN’.
(Não deixe de ler também a reportagem de Leandro Fortes na Carta Capital sobre a suspeita de Caixa Dois de Agripino Maia, o Papa do DEMO no Rio Grande do Norte e interlocutor privilegiado do Gilmar Dantas (*).)
Na campanha eleitoral de 2006. Interceptações telefônicas foram feitas pelo Ministério Público
O artigo posse ser visto nesse link – http://www.viomundo.com.br/denuncias/daniel-dantas-lemos-gravacoes-revelam-caixa-2-do-dem-no-rn.html
Olá Paulo Henrique Amorim,
Jose Jorge te recomendou o artigo ‘Viomundo – O que você não vê na mídia – Daniel Dantas (o bom) Lemos: Gravações indicam caixa 2 do DEM no RN’.
(Não deixe de ler também a reportagem de Leandro Fortes na Carta Capital sobre a suspeita de Caixa Dois de Agripino Maia, o Papa do DEMO no Rio Grande do Norte e interlocutor privilegiado do Gilmar Dantas (*).)
Na campanha eleitoral de 2006. Interceptações telefônicas foram feitas pelo Ministério Público
O artigo posse ser visto nesse link – http://www.viomundo.com.br/denuncias/daniel-dantas-lemos-gravacoes-revelam-caixa-2-do-dem-no-rn.html
Daniel Dantas Lemos: Gravações indicam caixa 2 do DEM no RN
por Daniel Dantas Lemos, no seu blog
As eleições de 2006 foram
realizadas sob a égide do controle das contas de campanha e dos seus
gastos. No ano anterior, o escândalo do chamado mensalão expôs as
vísceras dos vícios e indícios de crimes de financiamento de campanha em
cena no país.
Era de se esperar que os partidos tomassem mais cuidado naquela eleição com as práticas vedadas pela legislação eleitoral. No Rio Grande do Norte (RN), o PFL, atualmente DEM, não teve esse cuidado. É o que se depreende dos 42 áudios de interceptações telefônicas feitas pelo Ministério Público Estadual a que o blog teve acesso e publicou entre a segunda-feira (21) e o domingo (27).
No âmbito de uma investigação
do Ministério Público estadual, o telefone celular de Francisco Galbi
Saldanha, atualmente secretário-adjunto da Casa Civil do governo Rosalba
Ciarlini (DEM), foi grampeado. E trouxe à luz conversas muito
elucidativas, principalmente entre Galbi e Carlos Augusto Rosado, marido
da atual governadora e então candidata ao Senado Federal.
Rosalba foi eleita em 2006,
mas os telefonemas mostram esquemas de compra de apoio de políticos,
compra de votos, fraude em prestação de contas com uso de notas fiscais
frias e uma complexa rede de Caixa 2.
Por envolver políticos com o
conhecido foro especial (o senador José Agripino, a então senadora
Rosalba Ciarlini e o deputado federal Betinho Rosado), a investigação
foi encaminhada pelo Ministério Público Estadual e também pelo
Ministério Público eleitoral para a Procuradoria Geral da República
(PGR), em janeiro de 2009. A PGR não conseguiu ainda esclarecer o que
foi feito da investigação desde então.
Muitas conversas explicitam,
por exemplo, o uso de dinheiro vivo para pagamento de gastos de campanha
– enquanto a lei exigia o uso de cheques vinculados às contas.
Francisco Galbi Saldanha
trabalha com Carlos Augusto Rosado desde os tempos em que o atual
primeiro-cavalheiro era presidente da Assembleia Legislativa
(1981-1983).
Até indícios do envolvimento
com a máfia dos sanguessugas aparecem nessas ligações. Albert Nobrega,
atual secretário de administração do estado, pede ajuda imediatamente a
Galbi por causa de umas ambulâncias compradas pela prefeitura de Mossoró
à época da máfia dos sanguessugas. Em 2006, Nobrega era presidente da
Comissão de Licitação da prefeitura de Mossoró e é ele que diz que, sem
ajuda de Galbi, “vai lascar Rosalba”, já senadora eleita.
Ouve-se também a voz de José
Agripino Maia negociando com Galbi Saldanha o repasse de uma verba de R$
60 mil (em três parcelas de R$ 20 mil) ao ex-vereador natalense
Salatiel de Souza.
Carlos Augusto também orienta
Galbi a repassar dinheiro para o ex-vereador de Natal, Renato Dantas (R$
50 mil) e para o atual presidente da Câmara Municipal de Natal, Edivan
Martins (R$ 25 mil). Tudo em troca do apoio dos políticos à candidatura
de Rosalba ao Senado e Garibaldi Filho ao governo do estado.
Outro grave crime foi
confessado nos áudios: Carlos Augusto Rosado informou à tesoureira da
campanha do irmão que iria cair R$ 100 mil na conta de campanha de
Betinho. Mas o dinheiro era de Rosalba. Depois, Carlos e Galbi tentam
articular uma forma de, com uso de notas frias, justificar a retirada do
dinheiro da conta de Betinho. Utilizam-se, inclusive, de notas frias do
posto de combustível Leste-Oeste, de propriedade do irmão caçula de
Carlos Augusto. O deputado federal Betinho Rosado é irmão de Carlos
Augusto Rosado e atualmente ocupa o cargo de secretário de agricultura.
O pequeno relato não dá conta de tudo o que está nos áudios. Mas você pode ouvir os principais:
* Uso de duas contas pessoais de Galbi para pagar por apoio de dois vereadores de Natal, entre eles o atual presidente da Câmara.
* Citação
de dinheiro a ser pago por apoio para deputados estaduais do RN, entre
eles Ricardo Motta (PMN), atual presidente da Assembleia Legislativa
* Depósito
de R$ 100 mil na conta de campanha do deputado federal Betinho Rosado
(DEM), irmão de Carlos Augusto. Dinheiro é de Rosalba
* Aqui, Galbi e Carlos Augusto discutem, entre outras coisas, como tirar o dinheiro da conta de Betinho com o uso de notas frias.
*Aqui, a voz do Senador José Agripino discutindo sobre o pagamento ao ex-vereador de Natal Salatiel de Souza (DEM).
* Nessa outra gravação, Salatiel é chamado de cabra safado porque recebeu dinheiro mas mudou de lado na eleição.
Essas são as mais
significativas. Há várias demonstrando a fraude em notas fiscais e
recibos eleitorais para justificar gastos de campanha, como esta AQUI.
(*) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas (*) ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…”
*PHA
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