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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 20, 2012

Por que o jn ignorou
a Erundina. Porque
o Lula não morreu

Noticiar a Erundina seria levar o Haddad ao jornal nacional. O que demonstraria que o Lula não morreu.
Dizia-se na Globo que, uma vez, o Dr Roberto saiu-se com essa: o Boni pensa que isso aqui é um circo; isso aqui é uma usina de poder.

Ali, não tem nada por acaso.

A Erundina entrou na chapa do Haddad, na mais importante eleição do pais.

O jn não deu.

O Lula se encontrou com o Maluf.

O jn não deu.

Erundina disse que sentia “desconforto” com a ida do Lula ao Maluf.

O jn não deu.

Apesar disso, a Erundina disse que ia ficar na chapa, porque era uma política “de partido”.

O jn não deu.

A Erundina disse que ia sair.

O jn não deu.

Por que, amigo navegante ?

Nada disso teve importância ?

Não, amigo navegante.

Porque, ao contrário do que disse a Folha (*), o Lula não morreu.

Noticiar a Erundina seria levar o Haddad ao jornal nacional.

O que demonstraria que o Lula não morreu.

As notícias sobre a morte do Lula são manifestamente exageradas.

Como também são exageradas as mervais especulações de que ele perdeu o juízo.

Agora, aqui entre nós, amigo navegante: em quem você aposta – no Cerra ou no Haddad.

No “novo” ou no “velho” ?

Quantos malabares – não deixe de votar na enquete trepidante “quem vai ser o vice do Cerra?” – o Cerra vai equilibrar na eleição ?

A Privataria.

A Delta e o Paulo Preto.

O Robanel e o Paulo Preto.

O Aref.

As ambulâncias super-faturadas.

O aborto no Chile.

A bolinha de papel.

O cano de Sergipe ao Ceará.

Os Brucutus.

Como é que ele entrou nos Estados Unidos, depois de fugir do Chile (e do Brasil) como “subversivo” ?

O “meu presidente !”

O diploma de engenheiro.

O diploma de economista.

Os genéricos do Jamil Haddad.

A Aids do Jatene.

Até agora, em 25 anos de vida pública, Cerra contou com a impunidade.

Com a manipulação do PiG (**), já que, em histórico pronunciamento, a revista Veja, o classificou de “elite da elite”…

Até agora, num mundo sem blogosfera, ele dava três telefonemas – ao Dr Roberto, Seu Frias e Dr Ruy – e controlava a opinião de milhões de brasileiros.

Agora, esses aí estão nas mãos de uma “geração perdida” de herdeiros.

A impunidade acabou.

Um desses malabares vai cair.

Porque, como diz aquele navegante pragmático, ele perdeu um minuto e meio para difundir a treva.

Talvez seja isso o que faltou à brava Erundina entender: está na hora de dar o bye-bye ao Cerra.

Cerra é o mais importante representante da extrema-direita obscurantista, opusdeica no Brasil.

Chega de impunidade.

Não é isso, Flavio Bierrembach ?


Paulo Henrique Amorim

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