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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, junho 15, 2012

Senador larápio, racista e vagabundo tenta parar processo contra ele, acreditando que a Justiça é igual a sua quadrilha. Esse sujeito era um mosqueteiro da honestidade, de acordo com a revista Veja.

Ministra do STF nega pedido de Demóstenes para suspender processo

FELIPE SELIGMAN
DE BRASÍLIA
A ministra Cármen Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou pedido de liminar feito pelo senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) na tentativa de suspender o processo de cassação que tramita no Conselho de Ética do Senado.
A defesa de Demóstenes tentava paralisar as investigações até que o tribunal decidisse sobre a realização de perícia em áudios da Operação Monte Carlo que, segundo os advogados do senador, foram adulterados.
Demóstenes recorre ao STF contra processo no Conselho de Ética
O senador também tentava adiar reunião do conselho marcada para segunda-feira, quando o relator, senador Humberto Costa (PT-PE), irá apresentar o relatório final. Segundo os advogados de Demóstenes, houve cerceamento de sua defesa.
A ministra, no entanto, afirmou que o assunto é uma questão interna do Senado e não caberia ao Supremo interferir.
O senador responde a processo no Conselho de Ética do Senado pela suspeita de beneficiar o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de exploração de jogos ilegais e outros crimes.
 

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