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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, março 22, 2013

"Irã vai destruir cidades de Israel se for atacado Tel Aviv e Haifa "





O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, alertou nesta quinta-feira que seu país vai destruir as cidades israelenses de Tel Aviv e Haifa caso a infraestrutura nuclear iraniana seja alvo de um ataque israelense. 
Israel duvida de uma solução diplomática para o impasse que cerca o programa nuclear iraniano e diz repetidamente que poderia realizar ataques preventivos para impedir que a República Islâmica desenvolva armas nucleares, o que Teerã diz não ter intenção de fazer. 
O Irã e seis potências globais mantêm atualmente negociações na busca para uma solução. 
Em sua atual visita a Israel, o presidente norte-americano, Barack Obama, reiterou o compromisso dos Estados Unidos com a segurança israelense, mas disse também que é preciso confiar numa solução diplomática. 
Já o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que não confiaria a segurança nacional a outros países, por mais aliados que sejam, e afirmou que o Estado judeu tem "o direito e a capacidade" de se defender sozinho. 
Em discurso pela televisão por ocasião do ano novo persa, Khamenei disse que "às vezes autoridades do regime sionista (Israel) ameaçam lançar uma invasão militar, mas eles próprios sabem que se cometerem o mais ligeiro erro a República Islâmica vai destruir Tel Aviv e Haifa". 
Porém, Khamenei, principal figura do regime islâmico, minimizou a ameaça israelense, dizendo que esse país "não é grande o suficiente para se destacar entre os inimigos da nação iraniana". 
No discurso proferido diante de milhares de fiéis na mesquita do Imã Reza, em Mashhad, Khamenei dirigiu-se aos Estados Unidos para dizer que "já afirmamos numerosas vezes a vocês que não estamos atrás de armas nucleares". 
Estados Unidos e Irã romperam relações diplomáticas após a Revolução Islâmica de 1979 e Khamenei reagiu com frieza a recentes sugestões de Washington para um diálogo bilateral. 
"Não estou otimista com tais negociações. Por quê? 
Porque nossas experiências passadas mostram que as discussões com as autoridades norte-americanas não significam sentarmos e alcançarmos uma solução lógica ..., o que elas significam para eles é sentarmos e conversarmos até que o Irã aceite o ponto de vista deles", afirmou o líder xiita. 
"Não estou otimista com os comentários deles, mas tampouco me oponho", acrescentou o aiatolá, para quem a solução para a questão nuclear estará "próxima e fácil" caso os Estados Unidos desejem. 
Tocando na questão central da reivindicação iraniana, Khamenei disse que o mundo precisa reconhecer que o Irã tem "direito natural" de enriquecer urânio para fins civis. 
Potências ocidentais suspeitam, no entanto, que a atual atividade de enriquecimento do Irã seja parte do desenvolvimento de armas atômicas. 
No Literatura Clandestina Revolucionária
*cutucandodeleve

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