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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, abril 29, 2013

Amaury já é candidato! A Privataria é Imortal! (A entrevista com Amaury)


Privataria fecha ruas do centro do Rio
O momento solene, na porta da Academia Brasileira de Letras
Miro exibe o documento que comprova: Amaury é candidato!!!
Quem é ele, quem é ele, diz aí você.
É o maldito FHC.
Chega de Privataria,
de demagogia intelectual.
Na nossa literatura, FHC é do mal.
Na nossa academia, a voz do povo é imortal.
Ele é tucano do bico de pau.
Foi chicote da ditadura e filho de general.
Viajou o mundo para chamar aposentado de vagabundo!
Com essa letra do samba de Enilson do Nascimento e uma trepidante banda, uma delegação especial do Barão de Itararé protocolou, nesta sexta-feira, no centro do Rio, na diretoria administrativa da Academia Brasileira de Letras, a candidatura de Amaury Ribeiro Junior à cadeira número 36, a que também concorre Fernando Henrique Cardoso.
(No caso de FHC, trata-se da Plataforma-36, ou a P-36.)
Clique aqui para ler “Barão lança candidatura de Amaury”.
Do Sindicato dos Jornalistas, a barulhenta e divertida comitiva foi à ABL, de lá seguiu para a Cinelândia, presta homenagem a Getulio Vargas, em frente a seu busto, e ali mesmo deixou as águas rolarem, no inesquecivel Bar Amarelinho!
A Privataria é Imortal!!!
Paulo Henrique Amorim, com informações (precarias) de Miro Borges, presidente do Barão, no meio da confusão.
http://revistaforum.com.br/blogdorovai/files/2013/04/PB1.jpg

Lançamento da Candidatura de Amaury Ribeiro Junior à Academia Brasileira de Letras



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