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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, abril 26, 2013

Cristina K enquadra Gilmar.
Ah, que inveja da Argentina !

Na Argentina, a Cristina desafiou a Globo ! Aqui, é o contrário !
Cristina desafiou a Globo ! Aqui, é o contrário !


Saiu na Folha (*), que financiou a tortura:

Câmara argentina aprova reforma do Poder Judiciário


Parte do texto ainda vai ao Senado; restrição de liminares é uma das mudanças. Eleição de membros de órgão que fiscaliza a magistratura é outra novidade.

Os oficialistas fizeram valer sua maioria na Casa para restringir liminares contra o Estado –sua vigência não poderá exceder seis meses, prorrogáveis por mais seis– e para criar três “câmaras de cassação” que visam, segundo o governo, diminuir o acúmulo de processos no Supremo.

Outro dos principais pontos controversos da reforma é a mudança no Conselho da Magistratura –órgão que, na Argentina, elabora listas de candidatos a juiz, supervisiona suas atividades e pode impor sanções a eles.

O projeto kirchnerista aumenta o número de membros do conselho (de 13 para 19) e principalmente determina, a partir de 2015, eleição direta para 12 das 19 vagas: três juízes, três advogados e seis acadêmicos, os quais terão de ser indicados pelos partidos.
Navalha
Ao assumir, Néstor Kirchner substituiu os ministros do Supremo nomeados por Carlos Menem, neolibelês (**), como FHC.
Foi como se Lula destituísse, na origem, o Gilmar Dantas (***), a “herança maldita” do Farol de Alexandria.
Tanto que, como diz aquele amigo navegante, se ele perder para o Amaury, a plataforma-36 da Academia das Letras, FHC entra com um HC Canguru para o Gilmar, nas férias do Judiciário.
A Argentina, como se sabe, humilha o Brasil em vários pontos.
Os Coronel Ustra estão na cadeia.
A Globo teve que engolir uma Ley de Medios.
E, agora, o CNJ será, em parte, escolhido pelo povo.
Ou a Democracia é um regime monárquico ?
Onde o Supremo se faz o Supremo Tapetão da minoria – clique aqui para ler a entrevista o ansioso blogueiro com o deputado Nazareno Fonteles ?
Clique aqui para ler sobre o Golpe da “mutação constitucional”, o “truque hermenêutico”, promovido por Gilmar Dantas (***).
Clique aqui para ler o Nassif: “Gilmar é um irresponsável !”.
(Nassif, como se sabe, é uma pessoa educada …)



Em tempo: o Bom (?) Dia Brasil desta sexta-feira dedicou 96′ à demolição do programa Minha Casa Minha Vida. Enquanto isso, a SECOM engorda a Globo e a Petrobras patrocina a F-1, em que atleta brasileiro não ganha (se compete …).

Em tempo2: quando é que a SECOM vai buscar o BV da Petrobrás na Globo ?


Paulo Henrique Amorim

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