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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 21, 2013

Prefeitura do ABC paulista projeta 5 mil empregos diretos com fabricação de caças

Para confederação de metalúrgicos, produção de peças para aviões da nova frota da FAB irá criar mais 17 mil postos de trabalho na região
por Redação RBA publicado 20/12/2013 14:30
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gripen
Os 36 novos caças da FAB começarão a ser entregues em 2018
São Paulo – A compra dos caças Gripen NG, da empresa sueca Saab, para renovar a frota da Força Aérea Brasileira (FAB), irá criar cerca de 5 mil empregos diretos na linha de montagem na região do ABC paulista, segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, Jefferson José da Conceição. Além disso, a fabricação de partes do avião em terras brasileiras trará 17 mil novos empregos indiretos com a instalação da indústria sueca em São Bernardo, de acordo com a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT.
Para Conceição, a produção dos caças trará a oportunidade de desenvolver os estudos na área de engenharia no ABC. "Nessas negociações serão estabelecidas a constituição de uma unidade de montagem de parte da produção da asa e da fuselagem central do avião. Tão importante quanto isso é a possibilidade de envolver os nossos centros de engenharia e as nossas universidades no desenvolvimento de pesquisa em torno desses aviões de alta tecnologia", disse ontem (19), em entrevista à TVT.
O contrato do governo federal com a empresa sueca prevê a compra de 36 caças por US$ 4,5 bilhões. As primeiras unidades serão entregues à FAB em 2018. Também está sendo negociada no texto do acordo a transferência de tecnologia para a Embraer e a nacionalização progressiva da produção.
Segundo o secretário-geral da CNM-CUT, João Cayres, além da produção dos novos caças a Saab prevê investimentos em torno de R$ 150 milhões para São Bernardo.

*redebrasilatual

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