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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 21, 2014

DE ONDE VEIO A MULHER COM A QUAL CAIM ENVOLVEU-SE PARA NASCER SEU FILHO ENOQUE?

~Analide
Hoje estava eu lendo a bíblia, no livro de gênesis, e uma dúvida envolveu-me. No cap. IV deste livro, logo após a expulsão de Adão e Eva do Éden, Adão teve relações com Eva e nasceram Caim e Abel. Conta a bíblia que os dois irmãos fizeram oferendas a deus, mas este por razões que não constam na bíblia preferiu a oferenda de Abel em detrimento da de Caim. E Caim, envolto em ciúmes, acabou por matar seu irmão. Até aqui, de acordo a bíblia, com a morte de Abel, na Terra existia apenas três (3) pessoas (Adão, Eva e Cai), contudo conta a bíblia, no versículo 15 do capítulo acima citado, a seguinte sentença de deus: ''POR ESTA CAUSA, QUEM MATAR A CAIM TERÁ DE SOFRER VINGANÇA SETE VEZES''. E continua o mesmo versículo: ''E JEOVÁ ESTABELECEU ASSIM UM SINAL PARA CAIM, AFIM DE QUE NÃO FOSSE GOLPEADO POR AQUELE QUE O ACHASSE''. Mas afinal quem poderia matar Caim? Adão, Eva? Ou acreditava deus na existência de outras pessoas, além daquelas que eram fruto de sua criação? Por outra, no versículo 17, diz a bíblia: CAIM TEVE DEPOIS RELAÇÕE COM A SUA ESPOSA,... Mais uma vez, lembrem-se que até então existia apenas três pessoas (ADÃO, EVA E CAIM), isto conforme o relato bíblico. Então, alguém que me diga: DE ONDE VEIO A MULHER COM A QUAL CAIM ENVOLVEU-SE PARA NASCER SEU FILHO ENOQUE?
Fonte: TRADUÇÃO DO NOVO MUNDO DAS SAGRADAS ESCRITURAS, Watchtower Bible and Tract Society of New York, Inc., Broklyn, New York, U.S.A., 1984.

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