13 de agosto: símbolo da resistência, Fidel completa 86 anos
Fidel Castro se inscreveu entre os mártires da América Latina e segue sendo uma referência, mesmo sem cargos políticos.
O
líder cubano Fidel Castro, ícone do século 20, comemora na
segunda-feira, dia 13, mais um aniversário. Ex-presidente da Ilha, esse
“soldado das ideias” chega aos 86 anos contrariando aqueles que
insistiam em prever desde seu ocaso até uma morte prematura. Fidel, no
entanto, continua bem vivo, lúcido e ativo.
Afastado do comando de Cuba desde 2006, ele abriu mão de seu posto à
frente do Partido Comunista Cubano, mas continua um observador atento do
mundo, registrando seu pensamento por meio de suas reflexões. Além
disso, suas ideias, bandeiras e realizações continuam a ser exaltadas no
cotidiano da Ilha e além-mar – prova de que a ausência de cargos não
lhe sonegou a influência.
Sobrevivente de mais de 600 atentados contra a sua vida, Fidel é a
parábola perfeita para a própria resistência cubana. Um homem cuja
história pode contar também a saga de seu país.
Nascido no povoado humilde de Birán, no Leste da Ilha, Fidel é filho de
um bem-sucedido imigrante espanhol, um latifundiário vindo da Galiza
chamado Ángel Castro, e de uma trabalhadora que conseguiu emprego em sua
fazenda, Lina Ruz.
Foi educado em colégios jesuítas, em Havana. Em 1945, ingressou na
universidade para estudar Direito. Tornou-se conhecido por seus pontos
de vista nacionalistas e de oposição à influência norte-americana em
Cuba. Em 1950, começou a trabalhar como advogado.
Desde 1952, com a subida ao poder de Fulgêncio Batista, por meio de um
golpe de Estado, Fidel fez oposição clandestina ao ditador. No ano
seguinte, planejou um ataque ao quartel de La Moncada. Acabou preso com
seu irmão Raul Castro. Foi condenado a 15 anos de prisão.
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