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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, agosto 16, 2012

Máquina chinesa transforma papeis usados em lápis

Um grupo de designers chineses desenvolveu um equipamento altamente útil para a reciclagem em escritórios. O produto parece uma impressora. No entanto, invés de cuspir papel, ela produz lápis a partir de papel usado.
A invenção foi apelidada de P&P e trata-se de um processador de resíduos para escritórios. A novidade é capaz de resolver de uma só vez, ao menos dois problemas comuns: o descarte de papéis e a necessidade dos lápis. Essa é a chave para uma proposta realmente efetiva de design: ser bonito e altamente funcional.
De acordo com os fabricantes, o uso da máquina é bem simples, basta alimentá-la com uma folha de papel pela entrada superior, que ela se encarregará de envolver o grafite, despejando um lápis pronto para o uso. Assim, é necessário abastecer o equipamento com três “ingredientes”: grafite, papel e cola.
 
 
A “impressora” pode funcionar automática ou manualmente e a cobertura, feita em plástico transparente, permite que o usuário acompanhe todas as etapas do processo. Os lápis já saem apontados, no entanto a P&P também possui um apontador, instalado na lateral.
Apesar de ter enorme potencial, a máquina ainda não está disponível comercialmente e os designers ainda não têm previsão para que ele chegue às lojas. Com informações do Inhabitat.
*revistarecilcarja

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