Novas concessões para operar infraestrutura chegam em boa hora
O país precisa realmente de investimentos, sua logística esta
sobrecarregada e o Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias não
podia e não devia mesmo atrasar. A hora é agora. Até porque continuamos
a crescer e precisamos, além de logística muito melhor e de custos
menores para competir num mundo cada vez mais difícil, onde vigoram
juros negativos, câmbios administrados, protecionismo e a demanda está
em queda.
Este Plano Nacional de Logística: Rodovias e Ferrovias, prova mais uma
vez que o governo está atento, agindo e criando as condições para uma
retomada já em 2013 do crescimento acima de 4% e em condições melhores.
Tudo é feito nesse sentido de alcançarmos, a partir do ano que vem,
índices de aumento do PIB maiores que os perseguidos pelo governo este
ano (por volta dos 3%), mas que algumas áreas oficiais, o mercado, e
organismos internacionais prevêem que ficará em pouco mais de 2%.
Agora, preparemo-nos para as costumeiras manipulações da oposição, que
virá aí com sua velha cantilena de sempre de que os governos do PT
criticam, mas fazem as mesmas privatizações feitas nos governos deles
naqueles oito anos de FHC (1995-2002).
Plano não tem nada a ver com privatização nem com privataria
Percebem que o jogo, a manipulação e o estabelecimento da confusão é
interessante para eles? Porque se envergonham e de quatro em quatro
anos, a cada campanha presidencial, sequer assumem que privatizaram e
tremem de medo de tratar do assunto...
Mas, as concessões lançadas hoje e as feitas nos dois governos Lula
(2003-2010) não tem nada a ver com privatização e muito menos
privataria, com aquela promovida pelos governos do PSDB. Até porque,
dentre várias outras, há uma diferença fundamental.
Estas concessões dos governos do PT não vendem patrimônio. Ao contrário
da privatização dos tucanos, pela qual entregavam o patrimônio nacional
na bacia das almas, as concessões de rodovias, ferrovias, portos,
aeroportos e demais do PT não são venda, são concessões - insisto - ao
término das quais (25 ou 30 anos) são renovadas ou o patrimônio volta à
União.
Onde estão o DNIT e a ANTT?
Agora, mesmo com o lançamento do plano hoje, nem tudo é festa. É da
maior gravidade a denúncia trazida pela Folha de S.Paulo: o último
grande pacote de concessões de rodovias, licitado em 2007 e contratos
assinados em 2008 para investimentos de R$ 945 milhões (R$ 1,2 bilhão em
valores atualizados) em 270 km de obras de duplicação e construção de
estradas teve até agora pouco mais de 10% cumprido.
Pelo levantamento do jornal, essas obras deveriam estar concluídas até o
início de 2013, mas nenhuma ficará pronta no prazo. Até fevereiro pp.,
apenas pouco mais de R$ 100 milhões haviam sido gastos nos projetos.
Onde estão o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que não
acompanharam, não viram, não cobram, estabelecem multas, punem e
resolvem isto? Há algo de muito errado em tudo isso...
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