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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, novembro 15, 2012

Brasil está se preparando para defender o país e a América do Sul contra a cobiça internacional



Brasil e Argentina definem regras para elaboração de doutrina militar combinada 

Marcadas pela cooperação em diferentes setores, as relações Brasil-Argentina vivem um período de forte aproximação também na área de defesa. 


Prova disso é a definição de normas para o desenvolvimento de doutrina militar combinada entre os dois vizinhos – a primeira iniciativa nesse sentido adotada pelas Forças Armadas brasileiras. 


A novidade consta de uma portaria a ser assinada pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Denominado “Normas de Elaboração de Publicações de Doutrina Combinada para o Emprego Militar das Forças Armadas da Argentina e do Brasil”, o documento estabelece preceitos e responsabilidades para a elaboração de procedimentos no emprego militar combinado dos dois países. 


Na prática, a publicação cria um esboço para a definição de princípios pelos quais ambas as forças militares deverão ser organizadas, instruídas e equipadas nos casos em que houver emprego combinado. A partir dela, poderão ser definidas normas, por exemplo, para atuação combinada em situações de emergência ou catástrofes que ocorram em qualquer parte do mundo. 


“Trata-se de uma medida que fomenta a confiança em matéria militar entre duas nações amigas”, avalia o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), general José Carlos De Nardi. Para ele, Brasil e Argentina têm expressado visões semelhantes sobre o setor de defesa. É natural, portanto, que busquem desenvolver e aprimorar procedimentos militares comuns. 


Adotadas internacionalmente, as redações de doutrina combinada visam facilitar a interoperabilidade em missões militares realizadas por dois ou mais países. As publicações podem abranger desde diretrizes para o emprego de tropas em situações de emergência até normas para atuação em missões de paz, entre outros tipos de operação. 


Segundo o EMCFA, a Argentina já possui uma publicação sobre atuação em caso de catástrofes com o Peru e outra em andamento, sobre o mesmo tema, com o Chile e com a Bolívia. A iniciativa com o país vizinho, no entanto, é inédita para o Brasil e, no entender do assessor de Doutrina e Legislação do EMCFA, general Antonio Marcos Moreira Santos, representa uma forma de promover conhecimento recíproco sobre como ambos os países empregam suas Forças Armadas. 


As normas gerais contidas na portaria começaram a ser elaboradas há dois anos, durante encontro bilateral. No início de 2012, segundo o general Marcos, os chefes do Estado-Maior Conjunto do Brasil e da Argentina deram parecer favorável ao anteprojeto que padroniza a confecção das publicações de doutrina combinada. Posteriormente, o documento foi encaminhado ao ministro da Defesa, Celso Amorim, para aprovação. 


Paralelamente à aprovação do documento, a Assessoria de Doutrina e Legislação do EMCFA e o Departamento de Doutrina do Estado-Maior argentino têm trabalhado, desde o ano passado, no Manual de Cooperação em Matéria de Catástrofes entre as Forças Armadas da Argentina e do Brasil e, mais recentemente, no Manual de Operações de Paz, com a finalidade aprimorar a discussão desses assuntos, presentes na pauta de defesa brasileira. A expectativa é concluir essas publicações no segundo semestre do ano que vem.


ATLANTICO III - Forças Armadas realizam operação na costa das regiões Sul e Sudeste 

A Marinha, o Exército e a Força Aérea desenvolverão, de 19 a 30 de novembro, a Operação Conjunta “Atlântico III”, sob a coordenação do Ministério da Defesa. O exercício envolverá cerca de 10 mil militares das três Forças Armadas que atuarão em atividades operacionais, de apoio à população e adestramentos nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 


A Operação abrangerá área marítima dentro da "Amazônia Azul" e parte do território nacional, e terá foco nas linhas de comunicação marítima das regiões Sul e Sudeste; e na defesa de estruturas estratégicas, como portos; refinarias; e usinas hidrelétricas e nucleares. Constam ainda de seu planejamento o controle de área e tráfego marítimo; missões de interceptação; defesa de costa; patrulha marítima; transporte aéreo logístico; defesa antiaérea; e coordenação e controle do espaço aéreo. 


Serão empregados dois navios escolta, dois navios de apoio, dois submarinos, três navios-patrulha e seis helicópteros da Marinha do Brasil. O Exército participará com 96 viaturas leves, 101 viaturas de transporte, nove viaturas blindadas e nove ambulâncias. A Força Aérea Brasileira disponibilizará quatro aeronaves de ataque, cinco aeronaves de patrulha, cinco aeronaves de transporte e um helicóptero. 


O comando da operação estará a cargo do Almirante-de-Esquadra Gilberto Max Roffé Hirschfeld, Comandante de Operações Navais, que terá o apoio de um Estado-Maior Conjunto, composto por Oficiais e Praças das três Forças Armadas. 


A “Atlântico III”, resultado de um complexo planejamento promovido pelo Ministério da Defesa e coordenado pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, visa, fundamentalmente, à preparação para a defesa dos recursos do mar e das estruturas estratégicas do Brasil.


 2012 - Militares brasileiros e argentinos lado a lado na Operação Guarani 
2012 - “Operação Guarani” Militares de Brasil e Argentina fazem treino em conjunto
2012 - Comboio militar fazendo parte da operação Ágata 5

Fonte: DefesaNet 
Postado por BURGOS
*cutucandodeleve

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