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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, novembro 14, 2012

GENOINO É CONDENADO A 6 ANOS E 11 MESES DE PRISÃO



Sem a presença do revisor Ricardo Lewandowski, os ministros do Supremo Tribunal Federal votaram sobre a pena do ex-presidente do PT José Genoino na Ação Penal 470. Genoino pegou 2 anos e três meses de prisão por formação de quadrilha e 4 anos e oito meses por corrupção ativa. Del deve responder em regime semi-aberto

12 DE NOVEMBRO DE 2012 

247 - Sem a presença do revisor Ricardo Lewandowski, os ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram sobre a pena do ex-presidente do PT José Genoino na Ação Penal 470, logo depois de estabelecer pela de 10 anos e 10 meses de cadeia para o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.

O relator Joaquim Barbosa fixou em 2 anos e 3 meses de reclusão a pena por formação de quadrilha para Genoino e foi acompanhado por Luiz Fux, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello e o presidente da Corte, Carlos Ayres Britto. Nesse item, os ministros Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Rosa Weber e Cármen Lúcia não votam, pois absolveram Genoino do crime de quadrilha.

Sobre o crime de corrupção ativa, Barbosa disse que "não se tratou de um crime de corrupção ativa comum" e propôs a pena de 5 anos e 3 meses de prisão, além de 180 dias-multa, pelo pagamento de propina a parlamentares. Nesse caso, o único ministro que não vota é o revisor Ricardo Lewandowski, único a absolver Genoino do crime.

Após do voto da ministra Rosa Weber, que pediu pena de 4 anos e 8 meses, Barbosa mudou seu voto para seguir a ministra. O ministro Dias Toffoli divergiu dos votos proferidos até então e fixou pena em 2 anos e 8 meses de reclusão, além de 26 dias-multa, para Genoino, pedindo, na prática, a prescrição da pena. Acabou prevalecendo o voto de Barbosa, definindo a pena de Genoino em 6 anos e 11 meses de prisão.

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