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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
quarta-feira, julho 31, 2013
Governo não desiste de 2 anos para médicos
Adicionar ao conhecimento dos recém-formados o convívio e o aprendizado com os pobres.
Saiu no Estadão, em estado comatoso:
Governo desiste de dois anos a mais no curso de Medicina
BRASÍLIA – O governo desistiu de ampliar os cursos de Medicina de seis para oito anos, conforme previsto na Medida Provisória dos Mais Médicos, que tinha sido alvo de críticas, e vai apoiar agora a proposta trazida à mesa por uma comissão de especialistas para que os dois anos adicionais se transformem em residência médica. “(A diretriz é que) após a formação do médico na graduação, em seis anos, a residência médica assegure essa vivência na urgência e emergência e na atenção primária”, disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, após participar de uma reunião com o titular da Saúde, Alexandre Padilha, e representantes de faculdades de Medicina federais do País, em Brasília.
Mercadante defende que a Medida Provisória 621, que trata do Mais Médicos e tramita no Congresso, já previa a possibilidade de que os dois anos adicionais se convertessem em residência médica. O Conselho Nacional de Educação (CNE) também deverá propor novas diretrizes para os cursos de Medicina a partir das modificações estabelecidas pela MP.
O ministro disse ainda que, pela posição do governo, toda a residência médica deverá ocorrer no Sistema Único de Saúde. Além disso, o primeiro ano da residência terá foco na atenção básica e na urgência e na emergência, já com orientação na especialidade que o formado queira adotar. “Toda a residência será no SUS. No primeiro ano da pediatria, (ele) vai fazer (a residência em) atenção básica, já orientada para a especialização como pediatra”.
Não é verdade.
O Governo não desistiu dos dois anos adicionais para a formação dos médicos.
De reunião, nesta quarta-feira, no Ministério da Educação, com Mercadante e Padilha, que terminou às 13h30, participaram membros de uma comissão de especialistas, vinculada ao MEC, da Associação Brasileira de Educação Médica, e do Fórum Nacional de Dirigentes de Escolas Médicas.
Surgiu, aí, a proposta de:
1) universalizar a residência, que seria obrigatória para todo médico recém-formado;
2) seriam obrigados a fazer a residência os 12 mil médicos que entrarão nas escolas de Medicina do país, até 2017;
3) a residência seria INTEGRALMENTE no SUS, por dois anos, embora , em alguns casos, como na Pediatria, sejam necessários 3 anos;
Como a MP original do Mais Médicos previa que os dois anos adicionais PODERIAM ser feitos no SUS, mas não determinava como, o Ministro Padilha, da Saúde, concordou com a ideia.
Na verdade, a proposta de hoje e a original convergem a um ponto: adicionar aos conhecimentos acadêmicos dos recém-formados o convívio e o aprendizado com os pobres.
E garantir que os mais pobres que recorrem ao SUS – 100 milhões de brasileiros, ou seja, o MAIOR sistema público de saúde do mundo ocidental !, graças à Constituição Cidadã de 1988 – sejam atendidos segundo o espírito do Juramento de Hipócrates.
Essa proposta de hoje poderia, por isso, ser encaminhada ao Congresso, que examinará a MP do Mais Médicos.
Não deixe de assistir à escandalosa reportagem do SBT sobre os médicos que ganham sem trabalhar.
E, aqui, sobre o número impressionante de médicos, que, aparentemente, boicotaram a inscrição no Mais Médicos.
Paulo Henrique Amorim
Justiça condena Globo por reportagem em Unidade de Conservação
Via Vermelho
Justiça condena Globo por reportagem em Unidade de Conservação
A
Justiça Federal no Tocantins condenou a emissora Globo Comunicação e
Participações S/A e a empresa Quatro Elementos Turismo Ltda a repararem o
dano causado à Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins pelo uso
indevido de imagem durante a veiculação de uma reportagem exibida no
programa Esporte Espetacular do dia 25 de abril de 2010, que associa a
imagem da cachoeira da Fumaça à prática de rafting esportivo, prática
esta, incompatível com os objetivos das estações ecológicas.
Justiça
Federal no Tocantins condena Globo e empresa de turismo por reportagem
sem autorização em Unidade de Conservação (Imagem: Cachoeira da Fumaça -
Jalapão)
A sentença proferida pela titular da
1ª vara, juíza federal Denise Dias Dutra Drumond, julgou procedente a
ação civil pública proposta pelo Ministério Público Federal e condenou
as empresas ao pagamento de indenização ao Meio Ambiente no valor de 500
mil reais e a reparação do dano por meio da produção de uma reportagem,
previamente autorizada, com o tema “Turismo Sustentável na Região do
Jalapão”, que deverá ser exibida em horário semelhante e com a mesma
duração da anterior.
Consta nos autos, que a
reportagem exibida foi feita mesmo com o pedido de autorização negado
pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio),
autarquia federal que administra a área. De acordo com o relatório do
ICM, a equipe foi avisada sobre o impedimento de realizar gravações com
foco na prática de esportes radicais naquela área, tendo em vista que a
Instrução Normativa do IBAMA 05/2002 determina que as matérias
jornalísticas realizadas em Estações Ecológicas e Reservas Biológicas
não deverão fomentar atividades que não sejam de caráter científico e
preservacionista.
Em sua fundamentação a
magistrada ponderou que a Estação Ecológica foi criada para evitar a
exploração turística e econômica desordenada. Para isso a legislação
proíbe a visitação pública, exceto quando com objetivo educacional ou
científico. “Em outras palavras, a Estação Ecológica tem em seu
anonimato um de seus grandes trunfos, pois fica assim protegida da
curiosidade leiga e da depredação que a atividade turística em massa e
desordenada promove. Logo, a exposição em si mesma da Estação Ecológica
Serra Geral do Tocantins como área propícia à prática esportiva, diversa
portanto de sua finalidade legal específica, já configura o dano
ambiental” constatou.
Na defesa, as empresas
alegaram inexistência de dano ambiental e a Globo Comunicações alegou
ofensa a liberdade de imprensa. Argumento este, afastado pelo juízo
federal durante a fundamentação. Para a magistrada, não se pode permitir
abusos no desfrute da plenitude de liberdade de imprensa e este direito
não está imune à obrigação de indenizar caso haja lesão à bem jurídico
de terceiros.
Fonte: Ascom Justiça Federal
ALBA: otra puerta cerrada a Estados Unidos
Via CubAhora
* GilsonSampaio
La
XII Cumbre de la Alianza Bolivariana para los pueblos de nuestra
América (ALBA) celebrada en Guayaquil, Ecuador, demostró la pujanza y la
continuidad de desarrollo de ese bloque integracionista, símbolo de la
unidad entre los gobiernos y los movimientos sociales de la región...
Lídice Valenzuela García
El ALBA ha constituido uno de los símbolos de garantía de los derechos sociales de los pueblos. (Foto: AFP)
Sobre
la necesidad de la integración latinoamericana el compañero Fidel
Castro dijo en la plaza aérea del silencio, en Caracas, Venezuela, el 23
de enero de 1959. “(...) si queremos salvar a la
América, que si queremos salvar la libertad de cada una de nuestras
sociedades, que, al fin y al cabo, son parte de una gran sociedad, que
es la sociedad de Latinoamérica; si es que queremos salvar la revolución
de Cuba, la revolución de Venezuela y la revolución de todos los países
de nuestro continente, tenemos que acercarnos y tenemos que
respaldarnos sólidamente, porque solos y divididos fracasamos”.
La
coincidencia de posiciones entre los gobiernos y los movimientos
sociales radicados en las naciones miembros de la Alianza Bolivariana
para los pueblos de nuestra América (ALBA) ratifica la posibilidad de
fortalecer un tejido social en que las decisiones políticas, económicas y
sociales sean tomadas en sintonía ideológica, en lo que representa un
cambio en las relaciones de poder en la región.
Así quedó demostrado en la XII Cumbre del ALBA celebrada este martes en Guayaquil, la segunda ciudad en importancia de Ecuador
y cuna del presidente Rafael Correa, cuando tras dos días de debates
más de 200 representantes de las organizaciones no gubernamentales de
los países del ALBA entregaron a los jefes de gobierno un manifiesto en
que fijan posiciones sobre el desempeño de la institución fundada por
los líderes revolucionarios Hugo Chávez y Fidel Castro.
La declaración final de la Cumbre de los Movimientos Sociales,
entregada a las máximas autoridades presentes en Guayaquil confirma
que, tal como propone la Alianza, “Latinoamérica y el Caribe debe ser un
territorio endógeno, en lo que respecta a su economía, su cultura y su
sociedad”.
Analistas concuerdan en que el
documento expresa la identificación espiritual, ideológica y política
con los acuerdos adoptados por los dignatarios del ALBA y el
protagonismo que deberán tener tales movimientos para garantizar el
desarrollo en ese bloque, según expresaron los gobernantes en el
encuentro sostenido por las partes en el Coliseo Voltaire Paladines Polo
como cierre de la XII Cumbre.
Estas
agrupaciones, que congregan a millones de ciudadanos unidos por un
pensamiento democrático y antiimperialista, han tenido un rol
fundamental en distintos momentos de la historia reciente de América
Latina cuando, por ejemplo, apoyaron en las calles a las naciones
contrarias a la puesta en vigor por Estados Unidos del Área de Libre
Comercio de las Américas, e integran una poderosa fuerza movilizadora en
la región latinoamericana.
Desde su fundación,
el ALBA ha constituido uno de los símbolos de garantía de los derechos
sociales de los pueblos – no solo de sus miembros- mediante la
colaboración en proyectos tan importantes como la alfabetización, la
salud pública, el deporte y la cultura. Millones de latinoamericanos y
caribeños, por ejemplo, aprendieron a leer y escribir mediante el método
cubano de alfabetización Yo sí puedo, en tanto cifras similares
recobraron la visión con la Operación Milagro gracias al trabajo
desinteresado de galenos cubanos.
También la
Alianza propició la creación por Chávez de PETROCARIBE, un ente
petrolero que vende el crudo venezolano a precios preferenciales a
naciones –en especial del Caribe y Centroamérica- cuyas endebles
economías no hubiesen podido resistir el embate de la crisis económica
mundial, y que colocó por las nubes el precio de ese producto.
La
XII Cumbre, que tuvo como política estratégica la integración
latinoamericana y caribeña, decidió fortalecer el crecimiento económico
de sus integrantes, que ahora poseen nuevas alternativas de desarrollo
con la entrada y actual presidencia temporal de Venezuela en el Mercado
Común del Sur (MERCOSUR).
Uno de los acuerdos
más importantes fue la de avanzar en la organización de una nueva y
poderosa zona económica en la que estarán integradas el ALBA, MERCOSUR y
PETROCARIBE, que hará factible el desenvolvimiento sostenido de las
economías más débiles y consolidará la unidad entre esos bloques.
Al ALBA pertenecen Venezuela, Cuba,
Nicaragua, Ecuador, Bolivia, Dominica, San Vicente y las Granadinas,
Santa Lucía y Antigua y Barbuda. Como invitados especiales estuvieron en
Guayaquil delegados de Surinam, Guayana, Haití, Uruguay, Argentina y
Brasil.
En esta ocasión, una vez más se expresó
uno de los rasgos distintivos de la Alianza, que es la postura
intransigente de sus miembros ante el imperialismo estadounidense que de
manera constante amenaza y agrede a varios de sus miembros bajo formas
solapadas o abiertas, como ha hecho Venezuela, Ecuador y Bolivia.
Nueva
jornada del ALBA cerrada en Guayaquil, que demostró la vitalidad del
bloque y el interés de sus líderes y movimientos sociales para afianzar
las bases en que se fundamenta –la solidaridad y la colaboración-, con
la visión de un firme desarrollo económico imbricado en las redes
integracionistas de América Latina y El Caribe.
Coxinhas de jaleco protestam
Um grupo
de médicos protestava ontem na frente do Ministério da Saúde contra o
programa Mais Médicos, que abre postos de trabalho para médicos
estrangeiros. O grito de guerra: "Somos ricos, somos cultos. Fora os
imbecis corruptos". (Ilmar Franco – no grobo)
Não querem ir aonde o povo precisa e não querem que ninguém vá.
Isso pode ser enquadrado como omissão de socorro.
*GilsonSampaio
Não querem ir aonde o povo precisa e não querem que ninguém vá.
Isso pode ser enquadrado como omissão de socorro.
PROTESTO 'FORA, ALCKMIN' TERMINA EM CONFRONTO
PM usou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar
manifestantes, após a depredação de agências bancárias e de uma
concessionária de veículos, na região da Avenida Rebouças, em São Paulo.
De 20 manifestantes detidos, 5 continuaram presos, acusados de atingir
carro da Rota. Além de pedirem a saída do governador tucano, o grupo
gritava pedindo o fim da Polícia Militar e respostas para o caso de
Amarildo de Souza, que desapareceu após ser levado para a Unidade de
Polícia Pacificadora (UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde
vivia
31 DE JULHO DE 2013
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Manifestantes ocuparam, na noite de ontem (30), a Avenida
Rebouças, sentido da Avenida Paulista, uma das principais vias da
capital paulista. O protesto criticava o governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSDB), o desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza
no Rio de Janeiro e a militarização da polícia. A Força Tática usou
bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os
manifestantes, após a depredação de agências bancárias e de uma
concessionária de veículos. Com os rostos cobertos, manifestantes usaram
marretas e pedras nos ataques. Muros e prédios também foram pichados.
Segundo a Polícia Militar, 15 pessoas foram detidas pelo policiamento
local e cinco pelas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Todos
foram levados para o 14º Distrito Policial, em Pinheiros, zona oeste. Um
homem, que disse ser jornalista, foi detido pela Rota quando estava
intoxicado pelo gás lacrimogêneo e não conseguia se levantar.
O protesto começou por volta das 18h30 no Largo da Batata, zona oeste
paulistana e passou pela Avenida Brigadeiro Faria Lima antes de chegar à
Avenida Rebouças. Antes mesmo dos manifestantes se concentrarem no
local, a Polícia Militar estava presente com 16 viaturas no largo, além
de um carro do Corpo de Bombeiros e o policiamento reforçado em outros
pontos da região. Durante a tarde, a Secretaria de Segurança Estado de
São Paulo divulgou nota informando que estava disposta a adotar as
medidas necessárias para evitar atos de vandalismo como os vistos na
última sexta-feira (26) na Avenida Paulista.
Parte dos manifestantes lembrava as denúncias de corrupção envolvendo as
obras do metrô de São Paulo que vêm sendo veiculadas pela revista
IstoÉ. “Estou aqui contra o governo do PSDB e a corrupção que ele
representa em relação a uma das prioridades da população, que é o
transporte público”, disse o professor do ensino fundamental Cícero
Barbosa. Ele reclamou ainda dos baixos investimentos estaduais em saúde e
educação.
A estudante de comércio exterior Fernanda Avelino disse que participava
do ato para protestar contra a desigualdade social. “É muita
desigualdade para o tamanho da arrecadação [de tributos pelo governo]”,
disse ao reclamar da má distribuição de renda e da falta de
infraestrutura. Para ela, os avanços indicados pelo Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), divulgado ontem, não refletem a
realidade do país. “Isso prova que as estatísticas não são nada ou é
preciso algo muito além disso”.
Além de pedirem a saída de Alckmin, os manifestantes gritavam pedindo o
fim da Polícia Militar e respostas para o caso de Amarildo de Souza, que
desapareceu após ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora
(UPP) na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde vivia.
Edição: Fábio Massalli
* Blog Justiceira de Esquerda
MPL anuncia nova onda de protestos contra corrupção no governo de São Paulo
Correio do Brasil
“O Movimento Passe Livre (MPL) anuncia uma nova onda de manifestações a
partir do dia 14 de agosto. Nesta data, o grupo irá realizar uma
manifestação em parceria com o Sindicato dos Metroviários de São Paulo,
por conta do suposto propinoduto esquematizado nos contratos para as
obras do Metrô, que pode ter desviado R$ 400 milhões dos cofres
públicos. O caso, ocorrido em gestões do PSDB, foi denunciado pela
multinacional Siemens.
– Nossa posição é que é um absurdo que o dinheiro público esteja sendo
desviado do transporte. São mais de R$ 400 milhões desviados, isso daria
para reduzir a tarifa a R$ 0,90 – afirma Matheus Preis, militante do
MPL-SP.
A manifestação do dia 14 de agosto ainda não tem um local definido. No
dia 6 de agosto, o MPL vai divulgar, em parceria com os metroviários,
uma carta à população, informando o local do protesto.
Corrupção
A denúncia parte do recente acordo feito pela multinacional alemã
Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), no
qual, em troca de imunidade civil e criminal, a companhia revelou como
ela e outras empresas se articularam para formar cartéis que atuavam nas
licitações públicas do setor de transporte sobre trilhos. Mesmo sendo
alvo de investigações desde 2008, as empresas envolvidas continuaram a
disputar e ganhar licitações.
Entre os nomes que apareceram na investigação dos promotores está o de
Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE)
nomeado por Mário Covas, e que, no período em que as propinas teriam
sido negociadas, trabalhava diretamente com o governador. Marinho foi
prefeito de São José dos Campos e participou da coordenação da campanha
eleitoral de Covas em 1994, tendo sido chefe da Casa Civil do governo
paulista de 1995 a abril de 1997. Promotores de São Paulo e da Suíça
identificaram uma conta bancária pertencente a Marinho que teria sido
abastecida pela francesa Alstom e o ministério público conseguiu
bloquear cerca de US$ 1 milhão depositados.
Duas das principais integrantes do cartel apurado pelo Cade, Siemens e
Alstom, faturaram juntas até 2008 R$ 12,6 bilhões em contratos com o
governo de São Paulo. Atualmente, além da investigação do Cade, há 15
processos no Ministério Público a respeito do esquema.”
http://nogueirajr.blogspot.com.br
Para juíza, Lei de Drogas é genérica e prejudica mulheres pobres
Por ser
muito genérica e não levar em conta a posição do acusado no negócio, a
Lei de Drogas impede que o juiz faça distinção entre pequenos e grandes
traficantes. Com isso, as punições se assemelham e os brasileiros
condenados por vender pequena quantidade acabam prejudicados. Muitas
mulheres que levavam drogas para o marido nos presídios, então, recebem
penas semelhantes àquelas direcionadas aos chefes de bocas de fumo.
Essa é a
visão da juíza Telma de Verçosa Roessing, da Vara de Execuções de
Medidas e Penas Alternativas de Manaus. Telma Roessing é uma das
convidadas do II Encontro Nacional do Encarceramento Feminino, promovido
pelo Conselho Nacional de Justiça e o Departamento Penitenciário
Nacional do Ministério da Justiça (Depen/MJ), nos dias 21 e 22 de
agosto, em Brasília.
Em
entrevista ao CNJ, a juíza afirmou que a pena de prisão não é adequada
para mulheres condenadas por tráfico de drogas, uma vez que a privação
de liberdade acaba ampliando a desigualdade. Além disso, prossegue, o
Estado não alcançará a segurança pública apostando apenas na política de
repressão, já que é necessário incentivar programas de educação,
assistência social e inclusão produtiva.
Telma
Roessing descarta que apenas a minoria formada por pessoas perigosas se
envolva com o mundo do crime, garantindo que há, na verdade, a
criminalização da pobreza. Além disso, o tráfico é a porta de entrada
das mulheres para esse mundo, sendo que, no Amazonas, 80% das presas se
envolveram com essa modalidade. Assim, não é de se estranhar que as
mulheres presas por tráfico de drogas no Brasil sejam, em sua maioria,
provenientes das camadas mais pobres da sociedade.
Defensora
das penas restritivas de direito, a juíza explica que essa modalidade
permite às condenadas se manter ao lado dos filhos e parentes, e pode
também facilitar sua inserção em política públicas de inclusão social.
Isso justifica que o Executivo crie serviços públicos voltados para a
execução penal alternativa, pois apenas assim esse modelo trará
respostas eficazes.
Ao longo
dos últimos 10 anos, o uso das políticas penais alternativas ganha
força no Brasil, uma vez que os juízes não mais encaram essa alternativa
como um caminho para a impunidade. Citando o estado em que atua, a
juíza Telma Roessing garante que os titulares das três Varas
Especializadas em Crime de Tráfico de Drogas adotam essa modalidade
sempre que possível. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.
Serviço:Evento: II Encontro Nacional do Encarceramento Feminino
Data: 21 e 22 de agosto
Horário: das 9h às 18h45 (21/8) e das 9h às 17h30 (22/8)
Local: Escola de Magistratura Federal – 1ª Região
Endereço: Setor de Clubes Esportivo Sul, Trecho 2, Lote 21 – Brasília/DF
Data: 21 e 22 de agosto
Horário: das 9h às 18h45 (21/8) e das 9h às 17h30 (22/8)
Local: Escola de Magistratura Federal – 1ª Região
Endereço: Setor de Clubes Esportivo Sul, Trecho 2, Lote 21 – Brasília/DF
*Mariadapenhaneles
Dilma e Haddad anunciam R$ 8 bi para mobilidade urbana em SP
Dilma anuncia R$ 8 bilhões para mobilidade urbana em SP
31/07/2013 - 12h44
Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A presidenta Dilma Rousseff e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciam neste momento na capital paulista a destinação de R$ 8 bilhões de recursos para mobilidade urbana. "É a primeira vez que anunciamos de forma concentrada esse montante de recursos. E anunciamos a possibilidade de essas obras ocorrerem em curto prazo", destacou a presidenta.
Haddad ressaltou a importância da parceria com o governo federal. "Testemunhei o esforço em feito pela Federação em proveito dos investimentos necessários para melhoria das condições de vida da população e das cidades, contemplando estados e municípios com muitos investimentos."
De acordo com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, serão destinados R$ 3 bilhões exclusivamente para corredores de ônibus e terminais de integração. Além disso, será R$ 1,4 bilhão para drenagem, R$ 2,2 bilhões para recuperação de mananciais e R$ 1,5 bilhão para construção de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Segundo Haddad, é difícil investir porque há obstáculos institucionais, leis, órgãos de controle e ritos que devem ser seguidos. "A maior frustração é anunciar um empreendimento e não vê-lo se realizar. O maior desafio hoje pra a administração pública é colocar os interesses os cidadãos acima dos interesses partidários, deixar divergências do período eleitoral", disse. "Fizemos parcerias com o governo do Estado e estamos anunciando aqui talvez o maior pacote de medidas na área de mobilidade urbana", completou.
O prefeito disse ainda ser um erro acreditar que por São Paulo ser uma cidade de grandes dimensões e de importância para ao país não precisa de investimentos ou parcerias. "O maior equívoco do passado foi acreditar que nossa grandeza nos dava a possibilidade de isolamento. Temos que nos alinhar, buscar parceria para crescer ainda mais, porque o sucesso de São Paulo faz parte do sucesso do Brasil e vice-versa."
Edição: Talita Cavalcante
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - A presidenta Dilma Rousseff e o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, anunciam neste momento na capital paulista a destinação de R$ 8 bilhões de recursos para mobilidade urbana. "É a primeira vez que anunciamos de forma concentrada esse montante de recursos. E anunciamos a possibilidade de essas obras ocorrerem em curto prazo", destacou a presidenta.
Haddad ressaltou a importância da parceria com o governo federal. "Testemunhei o esforço em feito pela Federação em proveito dos investimentos necessários para melhoria das condições de vida da população e das cidades, contemplando estados e municípios com muitos investimentos."
De acordo com o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, serão destinados R$ 3 bilhões exclusivamente para corredores de ônibus e terminais de integração. Além disso, será R$ 1,4 bilhão para drenagem, R$ 2,2 bilhões para recuperação de mananciais e R$ 1,5 bilhão para construção de moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida.
Segundo Haddad, é difícil investir porque há obstáculos institucionais, leis, órgãos de controle e ritos que devem ser seguidos. "A maior frustração é anunciar um empreendimento e não vê-lo se realizar. O maior desafio hoje pra a administração pública é colocar os interesses os cidadãos acima dos interesses partidários, deixar divergências do período eleitoral", disse. "Fizemos parcerias com o governo do Estado e estamos anunciando aqui talvez o maior pacote de medidas na área de mobilidade urbana", completou.
O prefeito disse ainda ser um erro acreditar que por São Paulo ser uma cidade de grandes dimensões e de importância para ao país não precisa de investimentos ou parcerias. "O maior equívoco do passado foi acreditar que nossa grandeza nos dava a possibilidade de isolamento. Temos que nos alinhar, buscar parceria para crescer ainda mais, porque o sucesso de São Paulo faz parte do sucesso do Brasil e vice-versa."
Edição: Talita Cavalcante
Empresa holandesa cria moto ecológica feita com maconha
Empresa holandesa cria moto ecológica feita com maconha
A moto elétrica utiliza também uma composição de linho e resina biodegradável
A moto elétrica utiliza também uma composição de linho e resina biodegradável. Conforme a empresa, a moto é uma construção única com o exterior semelhante a uma “casca de ovo”, o que elimina a necessidade dos painéis de plástico usuais. Ainda assim, a empresa garante que a moto é forte e resistente, além de leve e sustentável. A empresa afirmou que o grande desafio foi fazer uma moto bonita e elegante, que desafiou os conhecimentos do grupo de engenharia. A bateria da moto garante autonomia de 2h e permite que o veículo rode até 55 quilômetros, sem recarregar.A empresa holandesa de design Waarmakers, em conjunto com outras empresas, criou uma moto ecológica que não contém metal ou plástico na sua composição. Chamada de Be.e, o veículo é feito de uma composição de plantas que inclui até maconha, de acordo com informações da empresa.
*Terra
Malafaia processa ativista gay
Pastor Silas Malafaia processa ativista do movimento LGBT por injúria e difamação
O pastor Silas Malafaia, presidente da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, está processando a ABGLT e seu ex-presidente, Toni Reis, por injúria e difamação. A queixa-crime, inicialmente negada pelo Ministério Público por ter sido considerada incompleta, foi motivada pelo ofício encaminhado pela AGBLT à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, no qual a associação questiona declarações do pastor em seu programa de televisão. Malafaia considera-se vítima de injúria e difamação e exige que a ABGLT e Toni Reis sejam condenados por terem denunciado suas declarações como homofóbicas. A notificação judicial foi entregue na sede do Grupo Dignidade, no qual Toni Reis atua como diretor executivo, na última sexta-feira (26). No processo, Malafaia afirma que grupos LGBT fazem uma campanha contra ele e que as supostas ofensas ganharam “dimensão em razão do uso da rede mundial de computadores”“Em atitude que só se pode lamentar, os grupos e movimentos associados à proteção dos direitos e interesses de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais, vem realizando sólida e orientada campanha contra o ofendido [Silas Malafaia] que, injustificada e imotivadamente, é colocado na posição de adversário”, diz a queixa-crime.
De acordo com Toni Reis, ele e a ABGLT irão responder a queixa-crime formalizada pelo pastor Sillas Malafaia. O prazo legal para a preparação da defesa é de dez dias. “Nós vamos responder esta queixa-crime porque o que a ABGLT fez foi encaminhar as denúncias ao Ministério Público para investigar se havia, ou não, um incentivo à violência quando ele [Silas Malafaia] mandou descer o porrete na comunidade LGBT. Isso tem vídeo. A gente pediu para o Ministério Público fazer essa investigação, não fui eu que fiz”, disse.
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Silas Malafaia: “A esquerda quer desconstruir a heteronormatividade”
Para o ex-presidente da ABGLT, a queixa-crime de Malafaia não é um fator de intimidação para coibir novas denúncias quanto a posturas homofóbicas e de incitação da violência contra homossexuais. “Nós estamos muito acostumados a lidar com a questão do preconceito, da homofobia e da violência. Isso não nos intimida. Pelo contrário, faz com que a gente se organize ainda mais para se defender de ataques como esse. Nós vamos continuar fazendo [denúncias], vamos aumentar”, declarou.
“Baixando o porrete”
Em 2011, a Parada do Orgulho LGBT de São Paulo realizou uma campanha de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis com o slogan “Nem Santo te protege: use camisinha”. Os materiais da campanha continham santos em poses sensuais. A igreja católica reagiu dois dias depois na forma de um artigo, assinado pelo cardeal Dom Odilo Scherer e publicado no jornal da Arquidiocese de São Paulo. No artigo, o cardeal afirmou que a homossexualidade não é uma “opção” e defendeu que o celibato é a melhor forma de evitar a contaminação pelo vírus HIV. Além disso, o religioso criticou o uso de imagens de santos com “deboche”. “Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos”, declarou.
Materiais da campanha de prevenção a DST’s distribuídos na Parada do Orgulho LGBT de São Paulo em 2011 (Foto: Divulgação)
Entretanto, o pastor Silas Malafaia não considerou que a reação da Igreja Católica tenha sido suficiente. Em seu programa Vitória em Cristo, exibido pela TV Bandeirantes, o pastor fez a seguinte declaração: “Os caras na Parada Gay ridicularizaram símbolos da Igreja Católica e ninguém fala nada. É pra Igreja Católica ‘entrar de pau’ em cima desses caras, sabe? ‘Baixar o porrete’ em cima pra esses caras aprender (sic). É uma vergonha.”Em um contexto de agressões a homossexuais, incluindo o caso ocorrido na Avenida Paulista onde jovens foram agredidos a golpes de lâmpadas, a declaração de Malafaia ganhou grande repercussão na época. Temendo que as declarações do pastor incentivassem mais agressões, a ABGLT, por meio do seu ex-presidente, Toni Reis, enviou um ofício à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão. No documento, a associação afirma que recebeu várias denúncias sobre o fato de uma televisão aberta, que opera em regime de concessão pública, ter sido utilizada para disseminar agressões contra manifestações de homossexuais, reproduziu as declarações do pastor e cobrou providências.
O ofício solicitava, caso o Ministério Público julgasse adequado, a retirada do ar do programa Vitória em Cristo, com base no artigo 19 da Constituição, que proíbe a União, Estados e Municípios de “estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse publico”; “recusar fé aos documentos públicos”; e “criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si”. Além disso, o documento também solicitava a aplicação de eventuais penas criminais contra o pastor Silas Malafaia pela “promoção ativa da descriminação e da violência contra determinados setores da sociedade”.
Em resposta ao ofício, o Ministério Público Federal instaurou um inquérito civil exigindo a veiculação na TV Bandeirantes de uma retratação formal das declarações do pastor. Porém, o juiz federal da 24ª Vara Cível de São Paulo, Victorio Giuzio Neto, declarou extinta a ação do MPF. O Procurador Regional dos Direitos do Cidadão, Jefferson Aparecido Dias, recorreu da decisão e o processo foi enviado ao gabinete da desembargadora Cecilia Marcondes, onde ainda aguarda julgamento.
Felipe Rousselet, Revista Fórum
* Pragmatismo Político.
terça-feira, julho 30, 2013
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