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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, dezembro 15, 2013

Em Pernambuco, alunos do Bolsa Família têm aprovação de 79,7% no ensino médio



Em Pernambuco, alunos do Bolsa Família têm aprovação de 79,7% no ensino médio
Bons resultados refletem importância da permanência dos alunos na escola. Estado registrou segunda menor taxa de abandono entre estudantes do ensino médio beneficiários do programa
Com mais de 1 milhão de crianças e jovens atendidos pelo Bolsa Família, Pernambuco se destaca pelos bons resultados no acompanhamento da frequência escolar dos estudantes que recebem o benefício. O estado tem a segunda maior taxa de aprovação (79,7%) entre os estudantes do ensino médio participantes do programa e a menor taxa de abandono escolar (4%), quando comparado aos alunos das escolas públicas não beneficiários do Bolsa Família.
O êxito do programa em Pernambuco mostra que os compromissos assumidos pelas famílias como contrapartida para receber a transferência de renda do governo federal são fundamentais para levar a educação aos segmentos mais pobres da população brasileira.  No quesito aprovação, o estado perde apenas para Amazonas, cujo índice de aprovação no ensino médio foi de 87,4%.  A média no país, entre os alunos não beneficiários do Bolsa Família, é de  75,5%. O levantamento utiliza dados do Censo Escolar de 2012, realizado pelo Ministério da Educação, e revela o impacto positivo das condicionalidades do Bolsa Família. 
“Os beneficiários do Bolsa Família apresentam taxas de abandono sempre menores  do que os alunos não atendidos elo programa. Essa diferença se torna ainda mais acentuada quando feita a comparação com o Nordeste”, resume o secretário nacional de Renda de Cidadania do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luis Henrique Paiva.
Ele explica que, no Ensino Médio, a taxa de abandono na região Nordeste entre alunos da escola pública beneficiários do Bolsa Família é 9,8% menor que a média dos alunos que não participam do programa. Segundo o secretário, a condicionalidade de educação do Bolsa Família reflete no maior acesso e permanência dos estudantes na escola, no melhor desempenho escolar e na diminuição das desigualdades educacionais. Entre os estudantes que não são beneficiários, as maiores taxas de aprovação concentram-se nas regiões Sul e Sudeste. Esse cenário se reverte com o Bolsa Família: entre os alunos que recebem o benefício, a maios aprovação é nas regiões Norte e Nordeste.
Ascom/MDS
(61) 2030-1021
*CarlosMaia

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