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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 13, 2014

A AMAZÔNIA EM CASA É UM AUTÊNTICO OCEANO SUBTERRÂNEO...


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LA AMAZONÍA ALBERGA UN AUTÉNTICO OCÉANO SUBTERRÁNEO...
La Amazonia posee una reserva de agua subterránea con un volumen calculado en más de 160 billones de metr...
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A AMAZÔNIA EM CASA É UM AUTÊNTICO OCEANO SUBTERRÂNEO...
Amazônia tem uma reserva de água subterrânea, com um volume estimado em mais de 160 bilhões de metros cúbicos, de acordo com a estimativa de Francisco de Assis Abreu Matos, Professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), lançado durante a 66º reunião anual da sociedade brasileira para o progresso da ciência (SBPC), culminando em 27 de julho no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), da cidade de Rio Branco, norte do Brasil.

Que volume é 3,5 vezes maior que do Aquífero Guarani, um reservatório subterrâneo de água doce, que inclui os territórios do Uruguai, Argentina, Paraguai e Brasil, com 1.200.000 quilômetros quadrados (km2).

"A reserva subterrânea representa mais de 80% do total de água na Amazônia. A água dos rios da Amazônia, por exemplo, representa apenas 8% do sistema hidrológico do bioma, e águas atmosféricas têm aproximadamente o mesmo percentual de participação", disse Abreu durante o evento.

No entanto, o conhecimento sobre este "oceano subterrâneo", ainda está muito fraco e deve ser perfeito, tanto para avaliar a possibilidade de utilizar a alimentação humana como para preservá-lo, devido à sua importância para o equilíbrio da regional hidrográfica do ciclo.

De acordo com Abreu, investigações sobre o aquífero Amazonas começaram há apenas 10 anos, quando ele e outros cientistas da UFPA, a partir da Universidade Federal do Ceará (UFC) realizaram um estudo sobre o aquífero Alter do Chão, no distrito de Santarém (Pará).

Este estudo indicou que o aqüífero, localizado no meio da cena de uma das mais belas praias fluviais do país, teria um depósito subterrâneo de água doce, com um volume estimada em 86,4 bilhões de metros cúbicos.

"Estávamos muito surpreso com os resultados do estudo e então resolveu aprofundá-los". Para nossa surpresa, descobrimos que o Alter do aquífero Chão integra um sistema hidrogeológico que compreende as bacias sedimentares do Acre, Rio Solimões, Amazônia e o Marajó. Juntos, esses quatro bacias hidrográficas possuem aproximadamente uma área de 1.300.000 km2, "disse Abreu.

Este sistema hidrogeológico, chamado pelos pesquisadores e seu colaboradores aquífero grande sistema Amazônia (Saga), formado a partir do período Cretáceo, cerca de 135 milhões anos atrás.

Devido os processos geológicos que ocorreram durante que período, foi depositado em quatro bacias uma vasta cobertura sedimentar, com espessuras da ordem de milhares de pés, disse Abreu.

"A Saga é um sistema hidrogeológico transfronteiras, abrangendo outros países na América do Sul. Mas 67% do sistema está localizado no Brasil, "disse.

No entanto, uma das limitações para o uso da água disponível no reservatório é a precariedade do conhecimento em relação à sua qualidade, disse o pesquisador. "Pretendemos reunir informações sobre a qualidade da água encontrada no armazém para verificar se é apropriado para o consumo".

"Estimamos que o volume de água da Saga que pode ser usado a médio prazo para o abastecimento humano e industrial, ou para a irrigação agrícola, será muito pequeno, por causa do tamanho da reserva e a profundidade dos poços construídos atualmente na região, que não excedem os 500 metros e tem um alto fluxo de 100 a 500 metros cúbicos por hora."Ele disse.

De acordo com Abreu, o reservatório subterrâneo representa 80% da água do ciclo hidrológico na Amazônia, deve tê-lo como uma reserva estratégica para o país.

"Na interação entre as floresta e recursos hídricos, associado ao movimento de rotação da terra, a Amazônia transfere cerca 8 bilhões de metros cúbicos de água anualmente para outras regiões do Brasil. As pessoas que vivem aqui na região não usa essa água, que representa um serviço ambiental colossal do bioma para o país, uma vez segurando o agronegócio brasileiro e das chuvas, isto, por sua vez, responsável por encher a produtores de reservatórios de hidrelétrica nas regiões Sul e leste do país ", quebrou.

VULNERABILIDADES...
De acordo com Ingo Daniel Wahnfried, Professor da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), um dos principais obstáculos para estudar o aquífero Amazonas encontra-se na complexidade do sistema.
O reservatório consiste de grandes rios, com camadas sedimentares de profundidades diferentes, é difícil definir o fluxo de dados de águas subterrâneas para qualquer sistema hidrogeológico Amazon, por exemplo.

(ECOticias) (Traduzido por Bing)
*Nina

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