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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 10, 2014

Os negros um dia foram faraós e dominaram o mundo. O Cristianismo e a Escravidão

O Cristianismo e a Escravidão 

Igreja Católica autorizou e incentivou a escravidão, assim como também traficava escravos para as américas. Nos Estados Unidos a participação das Igrejas protestantes e Calvinistas foi marcante e “grandes” homens de Igrejas do Sul, como o Dr. James Thornwell, presbiteriano, Dr. Richard Furman e Dr. Fuller, batistas, bispo Stephen Elliott, episcopal, e Bishop James O. Andrew, Metodista, LIDERARAM A LUTA A FAVOR DA ESCRAVIDÃO. 

Os clérigos do Sul basearam seu argumento diretamente sobre as Escrituras. Eles apontaram que o Antigo Testamento especificamente defendia a escravidão, tanto em função do pecado e sobre a base das relações com os pagãos. Estes são os textos bíblicos usados:
“E ele disse: Maldito seja Canaã; servo dos servos seja aos seus irmãos.” (Gn 9:25).
“E quanto a teu escravo ou a tua escrava que tiveres, serão das nações que estão ao redor de vós; deles comprareis escravos e escravas.
Também os comprareis dos filhos dos forasteiros que peregrinam entre vós, deles e das suas famílias que estiverem convosco, que tiverem gerado na vossa terra; e vos serão por possessão.
E possuí-los-eis por herança para vossos filhos depois de vós, para herdarem a possessão; perpetuamente os fareis servir; mas sobre vossos irmãos, os filhos de Israel, não vos assenhoreareis com rigor, uns sobre os outros.” Levítico 25:44-46
Assim, eles argumentaram que a Bíblia confirmou a compra, venda e posse de escravos, desde que eles não eram cristãos e de uma raça diferente. Em vão os cristãos do Norte argumentaram que a passagem era aplicada apenas para o povo judeu em sua condição particular. Os sulistas responderam que Jesus NÃO condenou a escravidão em nenhum lugar, nem nunca falou uma palavra contra ela. Paulo chegou ao ponto de enviar um escravo de volta ao seu mestre. Se a escravidão era um mal ou pecado, não teria Jesus ou Paulo condenado a escravidão?

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Bula Papal autorizando a escravidão


A Dum Diversas é uma bula papal publicada em 18 de junho de 1452 pelo Papa Nicolau V, dirigida ao rei Afonso V de Portugal, e acreditada por muitos ter inaugurado o comércio de escravos africanos. Nesta bula ele autoriza Afonso V de Portugal a conquistar sarracenos e pagãos e a fazer deles escravos perpétuos. Esta bula foi reiterada pelo papa Calisto III em 1456 e renovada pelo Papa Sisto III em 1481 e o Papa Leão X, em 1514. O conceito da remessa de esferas de influência exclusivas a determinados Estados-nação foi estendido para a América em 1493 pelo Papa Alexandre VI.
Dum Diversas foi uma bula, com poder geográfico essencialmente ilimitado na sua aplicação, talvez o mais importante ato papal relativas à colonização Portuguesa, afirmando o seguinte:Nós concedemos a você [Reis de Espanha e Portugal] por estes presentes documentos, com nossa Autoridade Apostólica, plena e livre permissão de invadir, buscar, capturar e subjugar os sarracenos e pagãos e quaisquer outros incrédulos e inimigos de Cristo onde quer que eles podem estar, bem como os seus reinos, ducados, condados, principados e outras propriedades [...] e reduzir suas pessoas à escravidão perpétua.
Em 8 de Janeiro de 1455, o papa Nicolau V esclareceu um problema, surgido entre os Portugueses e espanhóis, sobre quem seria o dono das Ilhas Canárias, decidindo esta questão a favor dos portugueses, na bula “ROMANUS PONTIFLEX” onde reafirma tudo o que foi dito na bula “DUM DIVERSAS”. E nesta bula, o papa também sancionou, isto é, deixou bem claro, que os Portugueses devem realizar a compra de escravos negros ao longo da costa africana usando forca ou trocando-os por mercadoria.
“Desde então, além disso, muitos homens da Guiné e outros negros, tomados à força, e alguns pela permuta de artigos não proibidos, ou por outros contratos legais de compra, têm sido enviados para os ditos reinos. Um grande número destes tem sido convertidos à fé Católica, e isso é desejável, através do socorro da misericórdia divina, e se tal progresso for continuado com eles, também aqueles povos serão convertidos para a fé ou pelo menos as almas de muitos deles serão ganhas para Cristo.”
Os negros cristãos são completamente não conhecem a sua própria história e a história dos seus antepassados. Os negros um dia foram faraós e dominaram o mundo. Foram feitos escravos e a maioria continuam escrava, mudaram de dono e agora pertencem ao deus de Israel e aos judeus.
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J Baptiste Debret Regresso
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