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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 03, 2014

Se Lula foi quase crucificado pela mídia e pela oposição (em franca deterioração) Dilma foi esfolada viva, esquartejada e exposta conservada em sal por todas as bancas de jornais e noticiários do país!

René Amaral




Vivemos 12 intensos anos de mudanças mundo e Brasil afora!

Na ressaca do 911 o Brasil encontrou espaço para mostrar sua relevância e importância, como liderança regional e como player de projeção mundial. Uma das 10 maiores economias e populações do mundo, instalados num dos 5 maiores países do mundo não é de se desprezar, como tentaram fazer Bush e Obama, . O celeiro do mundo tem mais mesmo é que ser respeitado, se é que eles querem continuar a comer soja, porco, laranja e ter suas siderúrgicas abastecidas por nosso farto ferro, e continuar a usar automóveis com o petróleo de nosso pré sal.

Nosso complexo de vira latas sempre nos enganou, mas quem sempre teve as cartas na mão fomos nós. Tínhamos as cartas na mão, mas nossos jogadores sempre nos traíram, entregaram nossos trunfos e na hora de chamar o blefe adversário, corriam da mesa.

Tudo isso foi esquecido e mudado em 12 anos, por governos de um partido que mostrou que dá pra fazer diferente e ter resultados melhores.

Só tem uma coisa que não dá pra fazer diferente, se relacionar com o 4º poder em nível de igualdade e fazendo o jogo de cartas dadas por eles.


Aí o PT se deu mal.

Achou que bastava mudar a realidade para que as pessoas compreendessem que a mudança era para melhorar para todos.

A realidade é percebida através dos  sentidos, e esses comandados pela comunicação, e esta manipulada por quem trabalha com ela, e malha o ferro quente da mentira pra fabricar a percepção de realidade que mais lhe apraz!


Assim um esquema decenário de controle de bancadas, usado e abusado por todos que transitaram pelo poder desde 85, virou o maior escândalo de corrupção, mesmo sendo 10 (ou mais) vezes menor que esquemas piores bancados e operados pelo partido exilado do poder, mas ainda com livre trânsito nas sarjetas onde rastejam os fabricadores de ilusões.

Se Lula foi quase crucificado pela mídia e pela oposição (em franca deterioração) Dilma foi esfolada viva, esquartejada e exposta conservada em sal por todas as bancas de jornais e noticiários do país!

E esse tempo todo tínhamos a faca e o queijo na mão! Mas era queijo minas e o PT estava esperando virar roquefort. Não veio a lei de médios ou a pulverização das verbas publicitárias para meios mais palatáveis e amigos das mudanças para o bem que vieram.


Hoje estamos aqui, vendo a onda retrógrada sendo surfada pelo que há de mais podre na política, sentindo a merda voltar para o cu, e nos perguntando, onde foi que eles erraram?

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