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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, setembro 03, 2014

Em artigo, Fidel Castro compara EUA e aliados com Alemanha nazista

Divulgação
Ele também critica o Euro e diz que moeda se transformará em “papel molhado”

01/09/2014
Da redação

Em um artigo publicado no jornal Granma intitulado “Triunfarão as ideias justas ou triunfará o desastre?”, o líder cubano Fidel Castro questionou a postura dos Estados Unidos e seus aliados nos conflitos pelo mundo comparando a Otan a SS nazista.

“Muitas pessoas se assustam ao escutar as declarações de alguns porta-vozes da OTAN que se expressam com o estilo da SS Nazista. Alguns até vestem ternos escuros em pleno verão”, disse ao fazer relação com a cor da roupa da organização paramilitar de Hitler.

Economia

No artigo, Fidel ainda diz acreditar que a “política do império não demorará muito para entrar na lixeira da história” e que o “Euro, assim como o dólar, se transformará em papel molhado” diante do crescimento das economias de China e Rússia.

Solidariedade


Castro explica que a revolução socialista teria como maior feito no mundo “criar uma união onde todos pudessem compartilhar recursos e tecnologia com o maior número de países menos desenvolvidos”.

Ele ainda questiona se, no mundo globalizado de hoje, “em que as pessoas podem se comunicar com as outras numa fração de segundo” não seria melhor que elas se vissem como “amigos ou irmãos e não como um inimigo disposto a exterminá-lo com os mesmos meios que foram criados para transmitir o conhecimento humano”.
*BrasildeFato

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