Posted: 29 Sep 2014 05:52 PM PDT
Trabalhadores
e trabalhadoras em bancos públicos e privados começam sua greve
nacional a partir de amanhã. Após apresentarem sua pauta de
reivindicação aos banqueiros em julho, os trabalhadores assistiram à
intransigência dos patrões tanto nas reivindicações econômicas quanto
nas sociais. A Federação dos Bancos oferece um aumento de apenas 7,35%, o
que representa um aumento real de menos de 1%.
Enquanto isso, o lucro dos bancos continua
crescendo de maneira assustadora no país que tem as mais altas taxas de
juro do mundo. Em 2014, os banqueiros lucraram 16% a mais do que em
2013, e as taxas bancárias ficaram 10% mais caras.
Há casos, inclusive, de bancos que estão
se negando a pagar a participação nos lucros aos trabalhadores, enquanto
os acionistas e executivos receberam seus bônus e prêmios, como no
banco HSBC.
Mas as reivindicações dos bancários vão
além de exigir sua justa parte nos ganhos da empresa. Eles exigem que
tenham fim as abusivas metas de vendas de planos, seguros e outras
mercadorias financeiras. Essas metas geram altos níveis de pressão sobre
a categoria que sofre com doenças funcionais e fazem com que o serviço
do banco, que é uma concessão pública, não sirva para gerar facilidades
para o conjunto da sociedade.
Manifestação em frente ao Banco Central
No dia 02 de outubro, próxima
quinta-feira, a categoria bancária vai realizar um ato em frente à sede
do Banco Central na avenida paulista, em conjunto com diversos
movimentos sociais. O objetivo é repudiar as propostas que querem deixar
o BC sob total controle do mercado financeiro e independente do
controle social.
A manifestação também dará divulgação à
greve reivindicando maior participação dos bancos públicos no
financiamento de programas sociais como a construção de moradias
populares e do incentivo à agricultura familiar e à reforma agrária.
As principais reivindicações da greve dos bancários podem ser encontradas aqui.
*AVERDADE
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