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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, setembro 08, 2014

FPLP realiza marcha em Gaza para comemorar vitória palestina

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Che GuevaraA Frente Popular pela Libertação da Palestina organizou, na cidade de Gaza, uma manifestação de massas e militar com milhares de quadros, membros e apoiadores da Frente e centenas de guerrilheiros das Brigadas Abu Ali Mustafa. O evento aconteceu em celebração da vitória do povo Palestino em Gaza na recente agressão e em lembrança do 13o aniversário do assassinato de Abu Ali Mustafa, secretário geral da FPLP, morto em 27 de agosto de 2001 por um míssil fabricado nos EUA e lançado pelas forças sionistas contra seu escritório em Ramallah.
Os manifestantes carregaram bandeiras palestinas, banners da FPLP e imagens da resistência na região e ao redor do mundo, saudando a resistência libanesa e latino-americana, povos que apoiam de maneira resoluta a causa palestina.
Camarada Jamil Mizher, membro da Comissão Política e líder do comitê da FPLP em Gaza, saudou o povo palestino e definiu o sentido da resistência e da luta contra a máquina de guerra sionista, seu massacre genocida e sua destruição sistemática, matando e desalojando a milhares.
Também saudou o apoio ofertado pelos palestinos a Ahmad Sa’adat, Secretário Geral da FPLP, Abu Ahmad Fouda, Deputado do parlamento, e a camarada Khalida Jarrar, líder da FPLP e membro do parlamento que resistiu a uma ordem injusta de expulsão em Ramallah.
Mizher disse que a “lendária persistência de nosso povo e sua valente resistência que continua por 51 dias, provocou uma mudança estratégica na luta Árabe-Sionista e elevou nossa ação política e militar a um novo nível, apesar dos bombardeios e da destruição da agressão sionista por terra, ar e mar”.
Ele saudou os 2143 mártires que lavaram com seu sangue a estrada da vitória, dentre os quais citou Mohammed Abu Shamala, Raed al-Attar, Mohammed Barhou, Daniel Mansour, Salah Abu Hassanein, Shaaban Dahdouh, Zakaria Abu Daqqa e os guerrilheiros das brigadas Abu Ali Mustafa, Mohamoud Osama Abbas, Abu Omrein e Abdul Rahman Hadayed. “Os exércitos da resistência da resistência permanecerão e qualquer tentativa de removê-los falhará”, disse Mizher.
Com informações do site:  http://pflp.ps/english/
Da Redação
*AVerdade

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