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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, setembro 28, 2014

Cuba: EEUU y OTAN con armas intentan repartirse el mundo

Via Hispan
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de Cuba, Bruno Rodríguez, ante el pleno del 69 periodo de sesiones de la Asamblea General de Naciones Unidas (AGNU), advirtió el sábado que EE.UU. y la OTAN intentan hacer un nuevo reparto del mundo por la fuerza de las armas que, a su juicio, conducirá a la ingobernabilidad, entre otras graves consecuencias.
Rechazó también la intervención extranjera en Siria, mediante el financiamiento y entrega de armas a grupos terroristas, así como los bombardeos unilaterales del Pentágono en Irak y Siria, "sin respetar fronteras ni Estados soberanos, aunque las disimule con dudosas coaliciones".
Sobre Palestina, defendió su derecho a convertirse en miembro pleno de las Naciones Unidas, con un Estado establecido dentro de las fronteras de 1967 y con Al-Quds (Jerusalén) como su capital.
El jefe de la Diplomacia cubana señaló que las leyes estadounidenses fuera de sus fronteras se han convertido en "una herramienta de política externa de castigo, amenaza y obtención espuria de recursos financieros".
Al respecto, especificó el caso contra el banco francés BNP Paribas. El pasado julio, una corte estadounidense sentenció a este banco al pago de una multa de 8900 millones de dólares por haber violado el embargo estadounidense a transacciones financieras con Sudán, Cuba e Irán.
Rodríguez también condenó el bloqueo de Estados Unidos contra Cuba y el hecho de mantenerla en la lista "unilateral y arbitraria" de países "patrocinadores de terrorismo".
ncl/ktg/nal

*GilsonSampaio

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