Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, setembro 06, 2014

Plano de Governo de Marina tirarão direitos trabalhistas dos trabalhadores.
Além de desregulamentar leis para que haja maior terceirização dos trabalhadores, o que aumentaria o arrocho salarial, diminuição de salários, mais demissões e menos segurança no emprego, Marina também quer mudar a Justiça do Trabalho.
Na página 240 prega o fim da Justiça do Trabalho tal como a conhecemos. Olha só o que diz o programa de governo de Marina:
A elevada rotatividade da mão-de-obra e a negociação de direitos individuais na Justiça tornam muito precárias as relações de trabalho.
(…)
Há que buscar um modelo onde os atores coletivos sejam mais representativos, cabendo ao Estado impulsionar a organização sindical e a contratação coletiva. O novo modelo diminuiria o papel do Estado na solução dos conflitos trabalhistas coletivos, e Justiça do Trabalho se limitaria à nova função de arbitragem pública.
Ora, o que significa esse trecho destacado em negrito e escrito em linguagem barroca? Que a Justiça do Trabalho não mais processaria causas individuais. Um ataque frontal a um dos direitos trabalhistas mais importantes da pessoa no Brasil.
Plano de Governo de Marina tirarão direitos trabalhistas dos trabalhadores.
Além de desregulamentar leis para que haja maior terceirização dos trabalhadores, o que aumentaria o arrocho salarial, diminuição de salários, mais demissões e menos segurança no emprego, Marina também quer mudar a Justiça do Trabalho.
Na página 240 prega o fim da Justiça do Trabalho tal como a conhecemos. Olha só o que diz o programa de governo de Marina:
A elevada rotatividade da mão-de-obra e a negociação de direitos individuais na Justiça tornam muito precárias as relações de trabalho.
(…)
Há que buscar um modelo onde os atores coletivos sejam mais representativos, cabendo ao Estado impulsionar a organização sindical e a contratação coletiva. O novo modelo diminuiria o papel do Estado na solução dos conflitos trabalhistas coletivos, e Justiça do Trabalho se limitaria à nova função de arbitragem pública.
Ora, o que significa esse trecho destacado em negrito e escrito em linguagem barroca? Que a Justiça do Trabalho não mais processaria causas individuais. Um ataque frontal a um dos direitos trabalhistas mais importantes da pessoa no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário