A esquerda nos EUA não apresentava uma frente de unidade por anos. Já ficaram num passado distante os discuros de W.E.B. DuBois e Eugene V. Debs. Desde a era Macartista e seu ruidoso ataque às forças de liberdade e igualdade neste país, rotulando de anti-americano tudo aquilo a que os soviéticos eram favoráveis, como uma variação das sátiras de Groucho Marx, a esquerda se fraturou, se dividiu, e mesmo ainda existindo em número significativo, de tão dividida se tornou inútil.
Foi uma surpresa então testemunhar dois dos mais ativos partidos da extrema esquerda, o Partido Americano do Trabalho e o Partido dos Comunistas, EUA, anunciarem que trabalharão em conjunto de agora em diante. Esta notícia, de dois partidos estadunidenses colocando de lado suas diferenças e focando em seus pontos em comum repercutiu em todo o mundo. Mas a mídia local se manteve em silêncio, tendo já se convencido desde há muito que a extrema esquerda estava morta, apesar do recente aumento de sua popularidade, o que se tornou ainda mais óbvio com a eleição de Kshama Sawant em Seatle, WA.
Em seu anúncio de fraternidade, as organizações unidas estenderam as mãos para que outras organizações da extrema esquerda se juntem a elas. Se alguém vai responder a este chamado ainda não se sabe, mas a simbologia e o movimento de reconciliação, fraternidade e unidade é precisamente o que tem faltado para a extrema esquerda neste país. A força política da extrema esquerda neste país se evaporou principalmente devido ao divisionismo dos grupos entre si. Apesar de terem um objetivo comum, eles tiveram uma história de longas décadas em serem mais propensos a atacar uns aos outros.
Apesar de existirem dúzias de grupos Tea Party, eles ignoram suas diferenças e focam em seus fatores comuns, que é o que lhes faz mais efetivos na arena política, apesar de serem superados numericamente pela esquerda neste país. Precisamos de mais cooperação entre a esquerda, entre os verdes e os comunistas, entre os socialistas e os progressistas. Se essas organizações podem andar juntas em irmandade, todos nós podemos.
É um lembrete do lema dos EUA, antes que deixemos os macartistas pisotear o que a América queria dizer com “E Pluribus Unum”.
De muitos, Um.
Nathaniel Downes
Tradução de Glauber Ataide
Fonte: The Red Phoenix
Tradução de Glauber Ataide
Fonte: The Red Phoenix
*AVERDADE
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