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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, outubro 01, 2010

usa fazem o mundo de cobaias variam os métodos








EUA usaram humanos como cobaias na Guatemala

Quem duvida que durante muitos anos o poder imperial dos Estados Unidos sobre os países latino-americanos e, especialmente, as Banana Republic foi monstruoso, que leia a notícia que está estampada hoje na imprensa de todo o mundo. 65 anos atrás o governo norte-americano, para desenvolver novas formas de penicilina, infectou deliberadamente 696 cidadãos da Guatemala com sífilis e gonorréia, com o objetivo de testar antibióticos.
O monstruoso programa científico, de fazer inveja ao nazista Mengele, foi executado com suporte do exército americano e utilizou como cobaias pessoas que cumpriam pena naquele país.
Em comunicado especial, as secretarias de Estado e Saúde dos EUA, Hillary Clinton e Kathleen Sebelius, assumiram a culpa do país pela experiência e pediram desculpas à Guatemala. O presidente daquele país, Álvaro Colón(foto) , acusou o governo americano de crime contra a humanidade. E olhem que não foi a primeira vez que os Estados Unidos tiveram que reconhecer a prática deste tipo de crime.
No governo Clinton, os EUA já tinham admitido ter feito testes com prisioneiros negros no próprio território americano, quando eles  que eram divididos em grupos que recebiam ou não recebiam antibióticos para analisar os efeitos do tratamento.
A Casa Branca disse que  Barack Obama pedirá pessoalmente desculpas ao presidente guatemalteco.
É triste , porém, vermos que atrocidades que só pensávamos ter ocorrido sob a brutalidade nazista terem sido praticadas por aqueles que se proclamam “campeões da liberdade” e “líderes do mundo livre”.
*Tijolaço

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