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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, outubro 20, 2010

Favela de Plástico? Falsa Elba? Não, agora é a vez da Educassão!







O programa do candidato José Serra, apresentado na noite do dia 15 de outubro, traz algumas imagens interessantes, que aguçaram a minha curiosidade e me levaram a uma pesquisa que trouxe curiosos resultados. Para quem não tem paciência de ver o vídeo até o final, pule para o minuto 04:10 e comece a observar a “sala de aula” do programa de Serra:
serra-programa-1.jpg
Curiosamente, não há um único fio saindo dos laptops retratados no programa de Serra. Até aí, nada de extraordinário. Entendemos que se trata somente de uma simulação. Afinal de contas, o sujeito que inventou a favela de plástico e a Elba que não é Elba não teria nenhum problema em simular o laptop de bateria infinita.
Mas impõem-se algumas outras perguntas sobre os componentes do vídeo. Quem são esses alunos? Essa é uma aula de quê? Onde eles se encontram? Onde isso foi filmado? Quando? Aí a coisa começa a ficar bonita e interessante mesmo. Por volta do minuto 04:48, vemos a seguinte imagem:
serra-programa-2.jpg
A “aluna” do vídeo de José Serra é ninguém menos que Silvia Galletta, funcionária de alto cargo que trabalha na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo. Silvia Galetta é Gerente de Apoio Pedagógico da Fundação para o Desenvolvimento da Educação da Secretaria de Educação de São Paulo. Ela responde ao Sr. João Thiago de Oliveira Poço. O organograma está disponível neste pdf. Repito: uma funcionária de alto cargo na Secretaria de Educação do Estado de São Paulo aparece no vídeo eleitoral de José Serra simulando ser uma professora ou aluna. Ela trabalha no prédio da praça da República. Será que o vídeo foi gravado em hora de expediente?
Mas as interessantes simulações não terminam aí. Por volta do minuto 04:40, vemos outra imagem:
serra-programa-3.jpg
Quem é a “professora” que aparece no horário eleitoral de Serra explicando as maravilhas do seu projeto educacional? Outra funcionária paga com o dinheiro do contribuinte paulista, desta vez Nely Aparecida Silva, concursada na Fundação para o Desenvolvimento da Educação. Ela também está locada na Secretaria da Educação, no prédio da Praça da República.
Em que horário em que foi gravado o vídeo? As citadas funcionárias participaram de livre e espontânea vontade ou terá havido, digamos, algum outro estímulo? Elas estão cientes de algum impedimento legal regulando a participação de funcionários públicos em horário eleitoral? De onde vieram os laptops? Quantos outros participantes deste vídeo são funcionários públicos locados na Secretaria de Educação?
Com a palavra, o Sr. José Serra.
*EstadoAnarquista

Zé Serra: submetido a cuidados especiais...



Zé cabeção teve que ser submetido as pressas a uma tomografia, após ter sido atingido por uma " terrível" bolinha de papel que não conseguiu desviar da cabeça de Zé!
Assista agora o choque do objeto "gigantesco" que acertou o Zé Serra! Vídeo: A Bola assassina aqui

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