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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Protógenes e Tiririca: os destaques na Assembleia Legislativa

Protógenes é diplomado
aos gritos de “Prende o Maluf” !

Protógenes e Tiririca: os destaques na Assembleia Legislativa

Ao ser diplomado, Tiririca é ovacionado na Assembleia Legislativa


Tiririca recebeu do presidente do TRE, desembargador Walter de Almeida Guilherme, o diploma, ergueu o certificado e cumprimentou os demais diplomados


Daiene Cardoso, da Agência Estado


SÃO PAULO – O deputado federal eleito Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca, foi diplomado na manhã desta sexta-feira, 17, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), ovacionado pela plateia. Eleito com o maior número de votos no País, Tiririca foi o primeiro a receber o diploma. Assim como ele, novatos como a deputada estadual eleita Leci Brandão (PC do B) e os federais eleitos Protógenes Queiroz (PC do B) e Bruna Furlan (PSDB) foram alguns dos mais aplaudidos na cerimônia.


Tiririca recebeu do presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), desembargador Walter de Almeida Guilherme, o diploma, ergueu o certificado e cumprimentou os demais diplomados, entre eles o governador eleito Geraldo Alckmin (PSDB). Tiririca deixou a mesa de diplomação exibindo o diploma à plateia. Ele foi mais aplaudido que veteranos federais como Aldo Rebelo (PC do B), Ricardo Berzoini (PT), Vicente Paulo da Silva (PT), Roberto Freire (PPS) e Mendes Thame (PSDB).


Muito aplaudido, Protógenes pegou o diploma sob os gritos “Prende o Maluf!”. O deputado federal reeleito Paulo Maluf (PP) também recebeu aplausos, mas ouviu também vaias dos convidados. Entre os apoiadores, o ex-prefeito de São Paulo ouviu frases como “É dor de cotovelo” e “Maluf, eu te amo”. Ele foi absolvido esta semana no caso Frangogate, pela 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), por 3 votos a 2. Com a decisão, a candidatura foi assegurada.


Estudos


Pouco antes do evento, quando ainda chegava à Assembleia, o deputado afirmou que passou a estudar a Constituição Federal e não escondeu ansiedade para assumir o cargo. Tiririca disse que espera que esta seja a primeira diplomação de “muitas que virão”.


Tiririca disse também que possui propostas que beneficiem a classe artística, antecipando que seu mandato dará enfoque às áreas de educação e cultura. “Tenho algumas ideias sobre direitos para os artistas circenses e para os ciganos, aos artistas em geral”, disse. Ele voltou a repetir que se elegeu em um “bom momento” em razão do reajuste salarial dos parlamentares sacionado no começo desta semana.



Clique aqui para ler “Tiririca é o orgulho de São Paulo. E faz esquecer Maluf”.

E aqui para relembrar “Protógenes tenta impedir candidatura de Maluf”.
*PHA

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