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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, julho 14, 2011

Cuba é exemplo para o mundo

 

Messias Pontes *

 

A direita insana, no Brasil e em todo o mundo, notadamente nos Estados Unidos, tudo faz para ver o fim da Revolução Cubana. A velha mídia conservadora, venal e golpista brasileira mente descaradamente para confundir a opinião pública, negando e omitindo os avanços da Ilha caribenha, verdadeiro Território Livre das Américas. Se existe no mundo um líder político amado pelo seu povo, este é o Comandante Fidel Castro.


Após a queda do muro de Berlim, os colonistas e demais jornalistas amestrados enfatizavam que “o próximo país socialista a cair é Cuba”. Repetiam essa asneira à exaustão, mas acabaram desmoralizados. A cada novo arrocho do criminoso boicote econômico, financeiro e comercial imposto pelo Império do Norte, os amestrados carregavam na tinta afirmando que “agora o regime cubano cai”. Mais uma vez deram com os burros n’água.


Agora, com os ventos da democracia soprando fortemente no Oriente Médio e Norte da África, voltaram com a mesma cantilena. “Esses ventos vão chegar agora a Cuba para acabar com a ditadura”. Mais uma vez se decepcionaram, pois os ventos da democracia sopram na Ilha caribenha desde 1º de janeiro de 1959. Esses idiotas não querem ver que a realidade é bem diferente, e que o Sol não pode ser tapado com uma peneira. Vejamos por quê:

De acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgado no mês passado, em todo o mundo, a cada minuto uma criança em regime de trabalho infantil sofre acidente de trabalho, doença ou trauma psicológico. Nenhuma é cubana. O Conselho Econômico e Social da Organização das Nações Unidas (ONU) diagnosticou que ao menos 67 milhões de crianças no mundo não têm acesso à educação. Nenhuma é cubana. Mais de 200 milhões de crianças em todo o mundo dormem com fome porque não têm o que comer. Nenhuma é cubana. Centenas de milhões de pessoas – adultas e crianças – em todo o mundo dormem na rua porque não têm uma casa para morar. Nenhuma é cubana. Bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso à cultura. Nenhuma é cubana. Bilhões de pessoas, em todo o mundo, não têm acesso à saúde básica. Nenhuma é cubana. Dezenas de pessoas em todo o mundo são escravas das drogas, em especial do crack. Nenhuma é cubana.

O criminoso boicote imposto pelo imperialismo ianque já causou prejuízos de mais de 700 bilhões de dólares, impedindo avanços nas em todas as áreas. Até mesmo a proibição de venda de remédios para crianças com câncer o governo norte-americano impôs a laboratórios até de outros países. Isto é um crime hediondo que a velha mídia, conivente, omite.

Mas enquanto as perseguições não param, os cientistas cubanos avançam nas pesquisas e têm conseguidos seguidos êxitos. Para desgosto dos reacionários de todas as matizes, Cuba cria anticancerígeno a partir de veneno de escorpião. O produto foi conseguido pela firma cubana Labiofam a partir de uma espécie endêmica da Ilha. Contudo só é possível adquiri-lo lá, ainda que se encontre em trâmite de registro para sua venda em outros países, incluindo o México.


A cientista cubana Caridad Rodriguez Torres observou que o câncer constitui a segunda causa de morte em nível mundial e tende a ser a primeira. Adiantou ainda que o medicamento anticancerígeno produzido em seu país aparece como uma alternativa de tratamento natural, econômico e eficiente. Quanto mais o governo estadunidense proíbe a comercialização de todos os produtos para Cuba, mais os cubanos pesquisas e produzem o que necessitam, sem ter de pagar royalties para ninguém.


Em abril último, o Partido Comunista de Cuba realizou, com pleno êxito, o seu VI Congresso. Do processo de discussão das propostas apresentadas participaram oito milhões de cidadãos e cidadãs cubanas, muitos deles residindo e trabalhando em outros países, inclusive aqui no Brasil. A população cubana é de menos de 12 milhões, e, portanto, mais de dois terços participaram do processo de debates do VI Congresso. É oportuno lembrar que mais da metade dos que participaram não pertencem ao Partido Comunista. E a direita e sua velha mídia ainda dizem que em Cuba não há democracia.


O Comandante Fidel Castro ensina ao seu povo que nada é mais revolucionário que a verdade. E é baseado na verdade que o povo cubano defende com ardor a Revolução e alimenta a cada dia o sentimento patriótico e anti-imperialista. Para desespero dos reacionários de todo o mundo, a defesa da Revolução Cubana é consciente e permanente porque todos a têm como o seu maior patrimônio.
Por tudo isto – muito mais - é que Cuba é um exemplo para o mundo.

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