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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 20, 2012


Como voar usando jatos d’água

Para quem não está satisfeito em apenas nadar na superfície da água ou mergulhar no fundo do marchegou o insano Jetovator, uma espécie de veículo que usa água sob altíssima pressão como propelente. É um jetpack movido a água elevado ao quadrado.
A engenharia do dispositivo permite que você sente nele como se fosse uma motocicleta e os jatos de água dirigíveis permitem uma série de manobras inclusive voos de até de 9m de altura. Dá para entender porque os caras do vídeo abaixo estão usando capacete. Além disso é possível mergulhar a até 3m de profundidade, mas não é aconselhável, pois você pode estourar seus tímpanos sem equalizar o ar dos ouvidos.
A parte negativa é que você necessita estar permanentemente conectado a um barco com um poderoso motor que pressuriza a água a estes níveis.
Custa 9 mil USD nos EUA, cerca de R$ 18 mil, e não inclui o barco-motor. Por esta quantidade de cascalho talvez seja melhor comprar um veículo com motor próprio como um jetski ou uma Vespa.



*Nina

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