Guardian' elogia atual diplomacia brasileira e defende Brasil no Conselho de Segurança
O Brasil “não apenas deve ter um assento permanente no Conselho de
Segurança das Nações Unidas, como também é a melhor razão para uma
reforma do órgão e para uma tentativa de tornar o sistema internacional
mais representativo”. É o que diz um elogioso editorial publicado neste
domingo (10/06), no qual o jornal britânico The Guardian (de posição
política centro-esquerda) sugere uma maior valorização da diplomacia de
Brasília e destaca a ascensão econômica vivenciada pelo país ao longo
dos últimos anos.
De acordo com a publicação, “já é tempo de o Ocidente incorporar o
crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento
mais profundo” com o país. Isso porque, “embora seja líder da
desigualdade social no mundo”, ele “também lidera a resolução desse
problema” por meio de “famosos programas sociais que auxiliaram 20
milhões a deixar a pobreza e criar um novo mercado interno”.
Traçando uma linha cronológica para o processo de estabilização da
economia brasileira, o artigo parte do governo de Fernando Henrique
Cardoso e se estende até a atual gestão de Dilma Rousseff, que é
classificada como uma “reformista pragmática”. De acordo com o The
Guardian, em meio a esse fenômeno de aquecimento do mercado doméstico e
elevação da renda per capita, houve ainda a importância do ex-presidente
Lula, “a melhor reencarnação já vista de Franklin Roosevelt”, o líder
norte-americano que superou o crash de 1929 graças à elevação de
investimentos públicos e consequente fomento à atividade econômica.
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