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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, junho 20, 2012

Morales: "Lazos Irán-Bolivia favorece a ambas naciones"

El presidente de Bolivia, Evo Morales, ha declarado este martes que las relaciones entre Bolivia y la República Islámica de Irán, favorecen a los pueblos de ambos países.
Durante una rueda de prensa común con el presidente iraní, Mahmud Ahmadineyad, quien se encuentra en Bolivia de visita oficial, Morales ha sostenido que los lazos binacionales entre ambos países son limpios, positivos y de interés mutuo.
A la vez, el mandatario del país andino ha agradecido a Teherán por mantener estas buenas relaciones con La Paz.
Morales ha agregado que Ahmadineyad es el mandatario de un país poderoso que visita su país y que siempre llega a Bolivia con manos llenas. En este sentido ha destacado que ningún presidente europeo, asiático o del continente americano hace esto.
En otra parte de sus declaraciones, el jefe del Estado boliviano ha enfatizado el respaldo de su país al pueblo y al gobierno de Irán en su lucha antiterrorista. “Irán no está solo en su lucha antiterrorista”, ha aseverado.
Asimismo, ha anunciado la firma de los memorándums de entendimiento entre Teherán y La Paz en el actual viaje de Ahmadineyad y ha recordado que durante los apenas cinco años desde el inicio de las relaciones diplomáticas Irán-Bolivia, ambos países han dado pasos positivos e importantes en vía de incrementación de sus vínculos.
“Debemos unirnos para liberar a nuestros pueblos”, ha señalado Morales.
El presidente de Irán ha iniciado hoy una gira por América Latina y tras visitar Bolivia como primera escala, viajará a Brasil para participar en la Conferencia de las Naciones Unidas sobre el Desarrollo Sostenible (Río+20) que se desarrolla entre el 20 y el 23 de junio en la ciudad brasileña de Río de Janeiro.
Tras la cumbre en Brasil, Ahmadineyad tiene previsto arribar a Venezuela, donde visitará al presidente venezolano, Hugo Chávez, con quien revisará el estado de las cooperaciones bilaterales. 
*GilsonSampaio

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