Em discurso nesta terça-feira (12), o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou o Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil. Ele informou que, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), todo trabalho infantil deve ser combatido. No entanto, há algumas atividades que a OIT classifica como as piores formas de trabalho infantil: práticas análogas à de escravidão, servidão por dívidas, uso em conflitos armados, exploração sexual, uso de criança para o tráfico de drogas e trabalhos que possam causar prejuízos à saúde ou segurança da criança. - Nosso país avançou nos últimos 10 anos. Mas ainda temos muito a fazer – disse Paim em Plenário. De acordo com o parlamentar, há cerca de 5 milhões de menores que ainda estão em situação de trabalho infantil no país. No Rio Grande do Sul, há 126 mil crianças entre 5 a 15 anos nessa condição. Paim ainda destacou a importância da educação para “ajudar a pavimentar um futuro mais digno para as crianças” e elogiou o Ministério da Justiça pelas campanhas contra o trabalho infantil. Ainda segundo o senador, o fato de Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil ser lembrado no mesmo dia em que é comemorado o Dia dos Namorados é uma “feliz coincidência”, já que as duas datas têm a ver com “carinho e amor”. |
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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista
terça-feira, junho 12, 2012
Paulo Paim destaca Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil
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