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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

terça-feira, junho 12, 2012

EX-MINISTRO DO TURISMO,ORLANDO SILVA FOI ABSOLVIDO PELA COMISSÃO DE ÉTICA.E AGORA A MÍDIA PRECONCEITUOSA VAI PEDIR-LHE DESCULPAS?


A grande mídia brasileira é branca, racista e homofóbica. 


Também não gosta de pobre. Prefere os endinheirados. 


Tudo bem, dizer isso é chover no molhado. O fato é que o ex-ministro do Esporte, Orlando Silva, foi absolvido ontem pela Comissão de Ética da Presidência da República. 


O Negão, como era chamado o ex-ministro, caiu porque a revista Veja ecoou denúncias de um policial criminoso de Brasília (essa revista cultiva umas amizades esquisitas, vide o Cachoeira). 


Pois bem, Orlando Silva caiu do cargo jurando ser inocente (reveja o vídeo acima, do final de outubro de 2011). 


Foi às lágrimas dizendo que estava sendo vítima de preconceito e de um golpe da mídia. 


A Comissão de Ética da Presidência, presidida pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Sepúlveda Pertence. “O processo contra mim, motivado pelas mentiras da revista Veja, foi arquivado por falta de provas”, comemorou o ex-ministro Orlando Silva, que promete ir até as últimas consequências na Justiça contra seus detratores. 


A pergunta que não quer calar é: A mídia vai pedir desculpas ao Negão?


do Blog do Esmael
*cutucandodeleve

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