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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

domingo, julho 27, 2014

Israel contra o mundo e Netanyahu entre os inimigos da humanidade


Sob a desaprovação do mundo, Benjamin Netanyahu prossegue genocídio de crianças e civis na Palestina. Brasil condena ação tresloucada de Israel e ouve de volta que é "um anão diplomático". Resposta rasteira era esperada: sionistas assassinos é que são anões morais

israel hitler milosevic
Benjamin Netanyahu, Adolf Hitler e Slobodan Milosevic (Pragmatismo Político)
Dar as ordens para bombardeios que já mataram mais de 120 crianças, 700 civis e atingiram dois hospitais e por duas vezes uma escola da ONU na Faixa de Gaza fazem descer ao inferno dos inimigos da humanidade o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Com uma fúria típica dos genocidas tresloucados como Adolf Hitler, com quem foi comparado pelo primeiro-ministro da Turquia, o sérvio Slobodan Milosevic, o ugandense Idi Amin Dada e outros, Netanyahu fecha os ouvidos a todos os apelos internacionais e prossegue no ataque covarde contra a população palestina civil.
SAIBA MAIS: Israel rebate críticas do Brasil com comentário ríspido
Disparos israelenses feitos nesta quinta-feira atingiram novamente uma escola da ONU que protegia refugiados palestinos. O número de mortos pode chegar a 15, incluindo crianças e um bebê de um ano de idade, além de 200 feridos. O caso aconteceu em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse chocado com o ataque, que também matou, além de mulheres e crianças, funcionários das Nações Unidas.
Maior aliado no acobertamento dos crimes de guerra de Israel, até os Estados Unidos estão constrangidos com o nível de barbárie praticado por Israel. Todas as regras de guerra foram quebradas, dando aos ataques a marca de um massacre. Tanto é assim que ainda não há nenhuma saída aberta à população civil para deixar o território. As tropas israelenses fecharam todas as fronteiras, tornando comum a situação de não haver lugar seguro para ninguém.
Manifestando uma posição que hoje é global, o Brasil condenou duramente os ataques de Israel. Ao invés de participar de um diálogo de nível civilizado, no entanto, os diplomatas brasileiros ouviram como resposta de representantes de Israel que o País seria um ‘anão diplomático’. A reação tem o mesmo padrão rasteiro da política externa do regime sionista israelense, esse sim um verdadeiro anão moral.
No Brasil, infelizmente, vozes isoladas da grande mídia e de setores conservadores procuram emprestar, como se fosse possível, alguma legitimidade ao morticínio de indefesos que está em curso na Faixa de Gaza sob um pretexto esfarrapado de tapar túneis transfronteiriços. Na verdade, o que está em curso é mais uma etapa da limpeza étnica que Israel promove desde a sua criação como Estado contra o povo palestino.
VEJA TAMBÉM: Apenas 1 país votou contra a investigação do Massacre de Israel na Palestina

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