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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quinta-feira, setembro 11, 2014

É por eu querer um país menos violento que sou contra pena de morte e redução da maior idade. 



Essas pautas deixam muita gente feliz, mas que ignoram totalmente o real problema da violência. 

O Alvaro Dias teve a capacidade de propor a redução da idade penal para 15 anos. 
Seguindo a imbecil lógica de ver o problema da violência (nossas cadeias não suportam nem os de 18 para cima), podemos afirmar que um menor de 15 anos já pode então tirar habilitação, comprar álcool e cigarro, ir a boates, enfim... Usufruir de uma vida adulta plena.

Sou contra a redução da idade penal por diversos motivos e o principal deles é por se tratar de uma medida inútil, que jamais mudaria o quadro da violência.

O problema da violência no Brasil é um problema social, educacional e não de policia! EUA é um dos países mais violentos do mundo e nenhuma destas medidas boçais funcionou... Já nos países que investiram no conjunto social humano, com educação, dignidade, os quadros mudaram para além do esperado.

"Quero ver quando um menor matar um filho seu" << Antes que apareça algum energúmeno utilizando desta retorica imbecilmente simplista, já digo. Se tivessem investido na formação, educação e formação social destes indivíduos, talvez meu filho ou qualquer outra pessoa da minha família ou da sua, não tivesse morrido.

Pelo fim dos politiqueiros que barganham votos com medidas paliativas, covardes, burras!

Fernando Coelho - Deputado Estadual 50.020

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