Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

quarta-feira, março 09, 2016

Leal a Dilma, Exército desmente Noblat e Merval

Leal a Dilma, Exército desmente Noblat e Merval


“Quando empregamos tropas em eventos de pacificação ou de garantia da lei e da ordem, a determinação nos é dada por meio da Presidência da República. Se algum governador desejar a participação das tropas para qualquer coisa, tem que pedir à Presidência, esse é o fluxo”, disse o general Otávio Rêgo Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército; no fim de semana, os colunistas Ricardo Noblat e Merval Pereira, do Globo, afirmaram que os militares já estavam de prontidão para ir às ruas e também dialogando com seus interlocutores no meio político para acelerar o impeachment; era só terrorismo midiático; segurança do dia 13 será dada pela polícia de cada estado
As Forças Armadas reafirmaram sua lealdade à presidência de Dilma Rousseff, em nota divulgada pelo general Otávio do Rêgo Barros, do Centro de Comunicação do Exército. No documento, ele nega que oficiais militares teriam oferecido “reforços” para governadores, a fim de garantir a paz e a ordem durante os protestos marcados para o dia 13 de março.
“Quando empregamos tropas em eventos de pacificação ou de garantia da lei e da ordem, a determinação nos é dada por meio da Presidência da República. Se algum governador desejar a participação das tropas para qualquer coisa, tem que pedir à Presidência, esse é o fluxo”, disse o general Otávio Rêgo Barros, do Centro de Comunicação Social do Exército.
Ele afirmou ainda, em entrevista ao Valor, que a mensagem principal do Exército é pedir “união” neste momento de crise. “É essencial que as Forças Armadas, até pela credibilidade que têm, tenham papel completamente institucional e de Estado. Consideramos muito importante que a instituição fique pairando acima de qualquer viés ideológico”, diz (leia aqui).
Pedido de reforço do Globo
A suposta entrada dos militares na crise política foi noticiada pelos jornalistas Ricardo Noblat e Merval Pereira, do Globo. Noblat dizia que os militares cobravam de seus interlocutores no meio político uma solução rápida para a crise, ou seja, o impeachment. Merval afirmava que os generais estavam prontos para colocar tropas nas ruas.
Como se vê pela nota do general Rêgo Barros, era tudo mentira de dois dos principais colunistas do Globo, que apoiou o golpe militar de 1964. Incitadora do golpe, a Globo imaginava que a suposta delação de Delcídio Amaral e a ação policial contra o ex-presidente Lula criariam o ambiente perfeito para as manifestações de 13 de março.
No entanto, a reação foi contrária e o que se viu foi a formação de uma onda em defesa da democracia e em solidariedade ao ex-presidente Lula. Além disso, a Globo foi alvo de manifestações em frente à sua sede, no Rio de Janeiro, e em Paraty (SP), onde foi construído um triplex atribuído aos donos da Globo – o que os Marinho negam.


Leia a matéria completa em: Leal a Dilma, Exército desmente Noblat e Merval - Geledés http://www.geledes.org.br/leal-dilma-exercito-desmente-noblat-e-merval/#ixzz42N0n41fv 
Follow us: @geledes on Twitter | geledes on Facebook

Nenhum comentário:

Postar um comentário