Irã rompe uma lança a favor do desarmamento nuclear, com Israel em pé de guerra (+Vídeo)
O Irã pede pela eliminação total das armas
nucleares no mundo. “A produção, a posse, o uso ou a ameaça de uso de armas
nucleares é ilegal, inútil, nocivo, perigoso e proibido como um pecado capital”,
disse terça-feira o ministro de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi,
em seu discurso durante a Conferência da ONU sobre o Desarmamento em Genebra.
Ademais, o diplomático indicou que Teerã se mostra
disposto a continuar o diálogo com o Organismo Internacional de Energia
Atômica, apesar do fracasso da última missão de seus observadores, que asseguram
que a república islâmica não coopera com suficiente transparência em relação a
seu programa nuclear.
Entretanto, o governo israelense podia começar uma
ofensiva militar contra o Irã sem por sobre aviso a Washington, informam alguns
meios de comunicação.
O diretor do centro de estudos do Oriente Médio Contemporâneo
e Coordenador da Cátedra de Euro-Ásia do Instituto de Relações Internacionais da
Universidade Nacional “de la Plata” (Argentina), Paulo Botta, opina que, com
esta manobra, Tel Aviv coloca pressão sobre o presidente dos EUA, Barack Obama,
para tentar conseguir apoio militar de Washington, em caso de um eventual
ataque contra a republica islâmica.
“O grande problema é que o sentido de urgência que
tem Israel não é compartilhado pelos Estados Unidos, que no meio de um ano
eleitoral, tentarão por todos os meios possíveis evitar qualquer problema
exterior. A grande aposta do Estado de Israel é pressionar ao presidente Obama
de maneira tal que os críticos republicanos (…) obriguem ao presidente Obama a
tomar partido do lado israelense”, assegurou Botta.
“Acredito que o principal interesse israelense é
conseguir um apoio militar, caso se decida optar por uma solução militar na
questão iraniana. O que estamos vendo é que Israel está fazendo todo o possível
para convencer seus aliados, fundamentalmente, os Estados Unidos, de que a
opção militar é a solução para o caso iraniano”, afirma o analista, que coloca
em questão o juízo de que Israel pode atuar ou, melhor dizendo, atacar por si
só.
“Acredito que não seja confiável o que estão
dizendo os funcionários israelenses porque o impacto que teria a nível regional,
no Oriente Médio, de um ataque israelense ao Irã, seria tão importante que não
ajudaria a isolado a opinião dos Estados Unidos. Portanto, creio que esta
opinião é mais um exercício de pressão retorica para os Estados Unidos”,
considerou.
Coreia do Norte confirmou a suspensão de seu programa nuclear (+Vídeo)
Coreia do Norte confirmou a suspenção de seu
programa nuclear, as atividades relacionadas com o enriquecimento de uranio e
lançamentos de misseis de longo alcance.
“Para melhorar o ambiente de diálogo e mostrar sua
disponibilidade para se desnuclearizar, a República Popular Democrática da
Coreia acordou em introduzir uma moratória contra lançamentos de misseis de
longo alcance e provas nucleares”, informou o Departamento de Estado dos
Estados Unidos. As autoridades norte-coreanas concordaram, também, em parar o
reator de Yongbyon, principal servidor nuclear, aparentemente, de caráter bélico,
e permitir o acesso dos inspetores do Organismo Internacional de Energia Atômica
(OIEA) a suas instalações nucleares.
“EUA está profundamente preocupado pelas atividades
da Coreia do Norte em relação a um amplo circulo de problemas, mas, a
declaração de hoje reflete um importante – embora seja reduzido – avanço até resolvê-los”,
destacou a porta-voz do Departamento de Estado, Vitoria Nuland.
Como contrapartida, Washington está disposto a
considerar a possibilidade de enviar a Pyongyang 240.000 toneladas de
alimentos, confirmou, por sua parte, o Ministério das Relações Exteriores da
República Popular Democrática da Coreia do Norte. Comunicou que os detalhes do
fornecimento serão estipulados em um futuro próximo.
“A moratória nuclear norte-coreana é um ‘modesto’ primeiro
passo na direção correta. Washington seguirá atentamente e concluirá segundo a
atuação das novas autoridades do país”, sustentou a secretaria de Estado
norte-americana, Hillary Clinton.
A OIEA, por sua parte, aplaudiu a decisão de
Pyongyang e a qualificou de “um importante avanço”. Comunicou, também, que está
disposto a mandar uma delegação ao país para comprovar o cumprimento da moratória.
O Ministro do Exterior da Coreia do Sul qualificou
o acordo conseguido entre EUA e Coreia do Norte como “um fundamento de um
movimento adiante para resolver o problema nuclear norte-coreano”. Japão, um
dos integrantes do sexteto que se dedica a abordar os temas do programa nuclear
norte-coreano a nível internacional, também, reconheceu que se trata de um importante
passo para a resolução da crise nuclear na península coreana.
Tradução de Luis Carlos (Redação do blog o povo na
luta faz história)
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