PIMENTA NO...É REFRÊSCO - RACISTAS ESPANHÓIS AGORA ESPERNEIAM
Espanha critica endurecimento do Brasil para entrada de turistas do País, depois que o governo brasileiro decidiu que passaria a tratar os europeus da mesma forma que Madri trata os brasileiro.
Jamil Chade
GENEBRA
- O governo da Espanha critica a postura do Brasil em relação ao
endurecimento das condições para a entrada de espanhóis ao País e diz
que as novas medidas adotadas pelo Brasil são "injustificadas " e que
são "além do normal ". Questionado pelo Estado durante um evento em
Genebra, o secretário de Assuntos Externos da Espanha, Gonzalo de
Benito, insistiu que Madri tentará reverter as decisões de Brasília
antes da entrada em vigor das medidas, no dia 2 de abril.
A
Espanha vive sua pior crise econômica desde a volta da democracia, em
1977. O desemprego chega a 22% da população e metade dos jovens não tem
trabalho.
A
crise também reverteu o sentido da migração. Entre 2000 e 2007, a
Espanha recebeu 5 milhões de imigrantes, a maioria da América Latina.
Mas, pela primeira vez em 30 anos, a Espanha registrou em 2011 um êxodo
de pessoas maior que a chegada de imigrantes. Uma parte importante
desse contingente tem justamente ido ao Brasil.
Diante do fluxo cada vez maior de espanhóis, o governo brasileiro decidiu que passaria a tratar os europeus da mesma forma que Madri trata os brasileiros.
No
final de 2011, a reportagem esteve no consulado do Brasil em Madri,
apenas para constatar as longas filas de espanhóis fazendo solicitações
de vistos para trabalhar no Brasil. Fontes do Itamaraty, porém,
admitiam já na época que um número importante de espanhóis estava
desembarcando como turistas no Brasil e então partindo em busca de
emprego.
A partir do dia 2 de abril, o espanhol que chegue ao País terá de mostrar que tem passagem de volta marcada, comprovação de uma reserva de hotel e dinheiro suficiente para se manter. Isso significará R$ 170,00 por dia.
Se
o turista for permanecer em casa de parentes ou amigos, uma carta terá
de ser mostrada. O documento terá de conter uma assinatura reconhecida
em cartório.
Negociação
- Para o secretário espanhol, Madri não desistiu e vai continuar a
pressionar o governo brasileiro a rever suas leis. "Isso é algo que
estamos falando com o Brasil. Claro que cada país pode colocar as
condições que quiser para a entrada de pessoas em seu território. Mas
entendemos que diante do conjunta das relações que temos com a América
Latina e em especial com o Brasil, não se justifica que espanhóis tenham
restrições a entrada que vão mais além do normal e do que tínhamos até
agora ", declarou o secretário.
Benito
defendeu que haja ainda um acordo antes do dia 2 de abril. Mas não
indicou que estaria disposto a rever as regras para a entrada dos
brasileiros. " Esperamos chegar a uma solução e que o fluxo de
intercâmbio continue com normalidade e sem os obstáculos que sejam os
minimamente imprescindíveis ", disse.
Nos
últimos anos, porém, o Brasil foi o alvo de o maior número de
deportações em aeroportos espanhóis entre todas as nacionalidades e,
apesar das queixas do Itamaraty, pouco foi feito para rever essa
situação. Em 2010, 1,6 mil brasileiros foram barrados na Espanha, sob a
alegação de que estavam tentando entrar ilegalmente para trabalhar sem
visto.
Até
agosto de 2011, esse número tinha sido de 1005 e o volume continua em
franca queda diante da decisão de brasileiros de não buscar empregos na
Espanha.
Benito
não acredita que a medida brasileira seja agora uma retaliação. " São
medidas que vamos tomando diante dos fluxos que temos. Mas esperamos
chegar a uma melhoria nas condições para a entrada de espanhóis no
Brasil ", concluiu.
.Veja também:
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Pelo 3º ano, brasileiro é o mais barrado em aeroportos europeus
Brasileiros são os estrangeiros mais barrados em Madri
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*MilitânciaViva
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