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Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, dezembro 15, 2012


Justiça põe batata da Globo
para assar (na Argentina)

Será a Ley de Medios brasileira a Lei Áurea ?
  • C

Como se sabe, o Brasil foi o último país do mundo a abolir a Escravidão.

Abolir, em termos, porque a Casa Grande continua de pé.

E seus capatazes em plena atividade.

O Brasil se comprometeu com a Inglaterrea a abolir o tráfico negreiro em 1850.

E levou 38 anos para abolir a escravidão, por obra e graça de D Pedro II, que, agora, historiadores visigoticos tentam reabilitar.

Na Inglaterra, a Ley de Medios virá com o apoio entusiasmado do Economist, aquela revista arqui-conservadora, que quer a Urúbologa no lugar do Mantega, segundo a respeitada enquete do Conversa Afiada.

Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha, França, Equador … e agora a Argentina, onde a Magistratura considera constitucional o que o Legislativo vota.

(Aqui, como se sabe, o Legislativo legisla quando o Supremo autoriza.)

Vamos ver se a Ley de Medios será a nova Lei Áurea.

Viva o Brasil !

Clique aqui para ler na Carta Maior.
Paulo Henrique Amorim

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