Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

sábado, julho 20, 2013

Após estupros no Cairo, feministas protestam com 'vaginas dentadas'


Mulheres protestaram com tinta representando o sangue do abuso sexual em Berlim (Foto: Thomas Peter/Reuters)

O Incrível Exército Blogoleone
G1 - em São Paulo
Seminuas, mulheres do Femen usaram calcinhas ilustradas e tinta vermelha.
Ato ocorreu em frente à embaixada do Egito em Berlim: 'mordemos de volta'.
Ativistas do grupo feminista Femen protestaram nesta sexta-feira (19) em frente à embaixada do Egito em Berlim, na Alemanha, pedido pela proteção dos direitos das mulheres no Egito. Uma ativista egípcia, Alia El Mahdi, participou do ato mostrando os seios e frases de ordem escritas pelo corpo.

A ativista egípcia Alia El Mahdi (2ª à direita) participa de protesto do Femen em Berlim (Foto: Thomas Peter/Reuters)A ativista egípcia Alia El Mahdi (2ª à direita) participa de protesto do Femen em Berlim (Foto: Thomas Peter/Reuters)


O protesto ocorre após a denúncia de que mais de 200 casos de estupros ocorreram na praça Tahrir, no Cairo, em meio aos protestos que resultaram na deposição do presidente Mohamed Morsi pelas forças armadas.
As manifestantes do Femen foram ao protesto com calcinhas com desenho representando uma vagina com dentes, além de tinta vermelha simbolizando o sangue da agressão sexual. Entre os cartazes exibidos por elas, um dizia: "nós mordemos de volta".
Mulheres protestaram com tinta representando o sangue do abuso sexual em Berlim (Foto: Thomas Peter/Reuters)Mulheres protestaram com tinta representando o sangue do abuso sexual em Berlim (Foto: Thomas Peter/Reuters)
Ato ocorre após denúncias de estupros em meio a protestos no Cairo (Foto: Thomas Peter/Reuters)Ato ocorre após denúncias de estupros em meio a protestos no Cairo (Foto: Thomas Peter/Reuters)






*Ajusticeiradeesquerda

Nenhum comentário:

Postar um comentário