Técnicos e autoridades brasileiras
viajam nos próximos dias a Washigton para apurar denúncias. Dilma
reitera que espera desculpas à sociedade brasileira e mantém viagem aos
Estados Unidos em outubro
por Redação RBA
publicado
20/07/2013 08:01
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Roberto Stuckert Filho/Planalto
São Paulo – O vice-presidente dos Estados
Unidos, Joe Biden, telefonou na noite de ontem (19) para a presidenta
Dilma Rousseff para dar explicações sobre as denúncias de espionagem do
Brasil por órgãos de inteligência norte-americanos. Segundo informações
divulgadas pelo Palácio do Planalto, Dilma aceitou a proposta da Casa
Branca de que se envie a Washington nos próximos dias uma comissão de
técnicos e autoridades que buscarão explicações detalhadas sobre o caso.
A ligação durou 25 minutos, disse o governo
brasileiro, e Biden deu explicações gerais a respeito da situação. A
nota divulgada no Blog do Planalto não esclarece se o vice-presidente
abordou especificamente a informação de que uma central de espionagem de
políticos, cidadãos e empresas funcionou em Brasília até 2002. De
acordo com o texto, o vice-presidente lamentou a repercussão negativa do
caso dentro da sociedade brasileira.
Na conversa, Dilma expressou grande preocupação com a
violação da privacidade de cidadãos e de instituições de Estado, e
informou que espera que os Estados Unidos prestem esclarecimentos à
soecidade brasileira. Ela reiterou esperar mudanças nas políticas de
comunicações para evitar que haja novas violações de privacidade e da
soberania do país.
Segundo o Planalto, a presidenta manteve a intenção de
viajar a Washington no próximo dia 23 de outubro, expressando que
espera que o caso seja resolvido até lá.
Após a descoberta do esquema, o governo montou um
grupo interministerial para abordar a questão. Este grupo manifestou
desejo de formulação de regras para evitar que o episódio se repita, e
prometeu enviar o caso à Organização das Nações Unidas (ONU) para que
seja debatida uma reação.
Durante Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul este
mês, em Montevidéu, Dilma cobrou esclarecimentos e a formulação de
políticas conjuntas contra este tipo de atuação ilegal. “Nós também
fomos atingidos diretamente pelas recentes denúncias de que as
comunicações eletrônicas e telefônicas de cidadãos e instituições de
nossos países e de outros países da América Latina estão sendo objeto de
espionagem por órgãos de inteligência”, afirmou. “Isso fere nossa
soberania e atinge direitos individuais inalienáveis de nossa população.
Defendemos que a soberania, a segurança de nossos países, a privacidade
de nossas comunicações, a privacidade de nossos cidadãos, a privacidade
de nossas empresas devem ser preservados.”
*redebrasilatual
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