Páginas

Ser de esquerda é não aceitar as injustiças, sejam elas quais forem, como um fato natural. É não calar diante da violação dos Direitos Humanos, em qualquer país e em qualquer momento. É questionar determinadas leis – porque a Justiça, muitas vezes, não anda de mãos dadas com o Direito; e entre um e outro, o homem de esquerda escolhe a justiça.
É ser guiado por uma permanente capacidade de se estarrecer e, com ela e por causa dela, não se acomodar, não se vender, não se deixar manipular ou seduzir pelo poder. É escolher o caminho mais justo, mesmo que seja cansativo demais, arriscado demais, distante demais. O homem de esquerda acredita que a vida pode e deve ser melhor e é isso, no fundo, que o move. Porque o homem de esquerda sabe que não é culpa do destino ou da vontade divina que um bilhão de pessoas, segundo dados da ONU, passe fome no mundo.
É caminhar junto aos marginalizados; é repartir aquilo que se tem e até mesmo aquilo que falta, sem sacrifício e sem estardalhaço. À direita, cabe a tarefa de dar o que sobra, em forma de esmola e de assistencialismo, com barulho e holofotes. Ser de esquerda é reconhecer no outro sua própria humanidade, principalmente quando o outro for completamente diferente. Os homens e mulheres de esquerda sabem que o destino de uma pessoa não deveria ser determinado por causa da raça, do gênero ou da religião.
Ser de esquerda é não se deixar seduzir pelo consumismo; é entender, como ensinou Milton Santos, que a felicidade está ancorada nos bens infinitos. É mergulhar, com alegria e inteireza, na luta por um mundo melhor e neste mergulho não se deixar contaminar pela arrogância, pelo rancor ou pela vaidade. É manter a coerência entre a palavra e a ação. É alimentar as dúvidas, para não cair no poço escuro das respostas fáceis, das certezas cômodas e caducas. Porém, o homem de esquerda não faz da dúvida o álibi para a indiferença. Ele nunca é indiferente. Ser de esquerda é saber que este “mundo melhor e possível” não se fará de punhos cerrados nem com gritos de guerra, mas será construído no dia-a-dia, nas pequenas e grandes obras e que, muitas vezes, é preciso comprar batalhas longas e desgastantes. Ser de esquerda é, na batalha, não usar os métodos do inimigo.
Fernando Evangelista

segunda-feira, julho 08, 2013

Dívida Pública Líquida brasileira caiu 41,7% entre 2003-2012

Contas públicas: Brasil poderia entrar para a União Europeia!

Dívida Pública Líquida brasileira caiu 41,7% entre 2003-2012, durante os governos Lula-Dilma, passando de 60,4% do PIB em 2002 para 35,2% do PIB em 2012. E o Brasil tem, hoje, uma dívida pública ainda menor, de 34,8% do PIB (dados de Maio de 2013).
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS22CAAdfIMmhpGZY0MZXRpXxCg-0THHhfdwqaMTutillz7twoTcnG6V4UMpnzBMqTL8daLm3f01uDmDUhu5wD09ZfSfeMtsmWmwOmvUtJ_oxPVpSQUN8vc1fNqtUBTPvFOSiOYcV4KRs/s1600/dc3advida-pc3bablica-lc3adquida-2001-2012.png
Dívida Líquida do setor público brasileiro despencou durante os governos Lula-Dilma, caindo de 60,4% do PIB em 2002 para 35,3% do PIB em 2012, acumulando uma queda real de 41,7%.
Quero sugerir aos leitores deste modesto blog que leiam o texto da 'Agência Brasil' a respeito das contas públicas brasileiras cujo link postei abaixo. Ele diz que o déficit público nominal do Brasil ficou em 2,87% do PIB no acumulado dos últimos 12 meses. E o mesmo também informa que a dívida líquida do setor público brasileiro é de 34,8% do PIB atualmente.
E segundo matéria do G1 (ver link abaixo), o déficit público nominal do Brasil nos últimos anos foi o seguinte:
2011 - 2,61% do PIB;
2012 - 2,47% do PIB.
Assim, nos últimos 3 anos, no mesmo período em que a economia mundial enfrentou uma crise gravíssima, principalmente na Zona do Euro, e que provocou uma forte desaceleração da economia mundial (a China, por exemplo, estava crescendo ao ritmo de 11,9% ao ano no 2o. trimestre de 2010 e, agora, em 2013, não consegue sequer atingir os 8% de crescimento anual) o Brasil teve um déficit público nominal (que inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública), inferior a 3% do PIB, o que credenciaria o país até a requisitar a sua entrada para União Europeia, que tem um teto de 3% do PIB para o déficit público dos países membros.
E a dívida líquida do setor público brasileiro, que é de 34,8% do PIB (dados de Maio de 2013), também está bem abaixo do teto imposto pela UE aos seus países membros, que é de 65% do PIB.
Assim, caso desejasse, o Brasil poderia até requisitar a sua entrada para a UE, bloco no qual muitos dos países integrantes estão bem longe de cumprirem com as metas do teto de endividamento (65% do PIB) e de déficit público (3% do PIB), tal como acontece com a França, Itália, Espanha e Portugal, por exemplo.
Na Espanha o déficit público chegou a 10,2% do PIB em 2012 e a dívida pública bateu novo recorde, chegando aos 84,1% do PIB. Em 2012, o déficit público da França, por sua vez, chegou a 4,8% do PIB e a dívida pública atingiu os 90,2% do PIB. Na Itália, no ano passado, a dívida pública chegou a 127% do PIB e a economia do país acumulou uma forte queda de 2,4%. Em Portugal, a dívida pública ultrapassou os 120% do PIB e o déficit público ficou próximo aos 5% do PIB em 2012.
E nos EUA, por exemplo, o déficit público fechou o ano fiscal de 2011-2012 com um índice equivalente a 7% do PIB e ultrapassou US$ 1 Trilhão.
Mas é claro que este fato, a boa situação das contas públicas brasileiras atualmente, não recebe nenhum destaque na Grande Mídia brasileira, que prefere difundir a mentira deslavada de que a economia do país está enfrentando uma crise terrível.
Porém, quando se trata de analisar os números de forma realista, o quadro que vemos é muito diferente, com o Brasil navegando em mares tranquilos, enquanto as maiores economias do mundo enfrentam a pior crise econômica e social desde a Grande Depressão dos anos 1930.
Grande Mídia e Você: Nada a Ver!
Marcos Doniseti No Justiceira de Esquerda
*comtextolivre

Nenhum comentário:

Postar um comentário